GREVE DOS BANCOS TERMINA NA MAIOR PARTE DO BRASIL
Cidades em SC, RS e MA rejeitaram proposta e farão
nova análise na 2ª. Proposta prevê reajuste de 8% e compensação dos dias
parados.
Os bancários aprovaram o
fim da greve na maior parte do país nesta sexta-feira (11), após 23 dias de
paralisação. A proposta dos bancos foi levada às assembleias dos sindicatos
locais.
Com isso, as agências dos
estados que aprovaram a proposta (confira abaixo) reabrem normalmente a partir
de segunda-feira (14).
Na madrugada desta sexta,
o Comando Nacional dos Bancários e a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban)
chegaram a um acordo para encerrar a paralisação.
Os principais pontos do
acordo, segundo a Contraf-CUT, são 8% de reajuste (1,82% de aumento real); 8,5%
(2,29%) de reajuste para o piso da categoria, e compensação pelos dias parados
pela greve de até uma hora por dia (entre segunda e sexta-feira) até o dia 15
de dezembro.
Serviços que são
impactados pela greve
- Transferências e saques
de maior valor, já que há limites nos caixas eletrônicos e correspondentes
bancários
- financiamentos e outros
serviços que dependem de análise de crédito
- a compensação de
dinheiro, cheques, documentos e títulos pode demorar
Rejeitaram
- Rio Grande do Sul
- Maranhão
- Florianópolis, Blumenau
e Itajaí
Os bancários das regiões
que não aprovaram a proposta farão nova assembleia na segunda, analisando as
mesmas condições, já que a maior parte dos bancários aprovou.
Assembleias na segunda
- Acre
- Brasília
- Pará
- Guarulhos
Fim da greve aprovado
- Alagoas
- Amapá - com exceção da
CEF
- Amazonas
No Amazonas, os bancários
aceitaram a proposta, exceto no Banco da Amazônia, onde a paralisação continua.
- Bahia
- Ceará
- Espírito Santo
- Goiás
- Mato Grosso
- Mato Grosso do Sul
- Minas Gerais
No sul de Minas Gerais, a
proposta foi aceita e os bancos privados já foram reabertos. Os bancos estatais
devem reabrir na segunda-feira. Em Uberlândia, as agências já funcionaram
normalmente nesta sexta-feira. Em Uberaba, o fim da greve foi aprovado nesta
sexta. Em Belo Horizonte e na Região Metropolitana, a greve dos bancários
também terminou.
- Paraíba
- Paraná
- Pernambuco
- Piauí
- Rio de Janeiro
Na região serrana e no sul
do Rio de Janeiro, uma assembleia aprovou a proposta na manhã desta sexta, e
parte das agências reabriram.
- Rio Grande do Norte
- Rondônia
- Roraima
- São Paulo
As agências já foram
reabertas em algumas cidades como Taubaté e São Carlos.
- Sergipe
Somente os funcionários do
Banco do Nordeste do Brasil (BNB) se negaram a retornar ao trabalho na
segunda-feira (14).
- Tocantins
Em busca de acordo
“A expectativa é que se
possa aprovar (o fim da greve), são 23 dias de greve, quase um mês sem ter
proposta de aumento real da Fenaban, então foi uma vitória muito grande da
categoria. Voltamos a conquistar aumento real pelo décimo ano seguido e
conseguimos conquistas não econômicas”, disse Carlos Cordeiro, presidente da
Contraf e coordenador do Comando Nacional dos Bancários.
Ele destacou a formação de
um grupo de trabalho, formado por médicos e outros profissionais ligados à
saúde, que pesquisarão as razões pelas quais os bancários ficam doentes, e a
proibição do uso de telefone celulares pessoais dos bancários para cobrança de
metas.
A reunião entre o comando
e os representantes dos bancos começou pela manhã, mas as negociações se
arrastaram até por volta de 2h30 porque a Fenaban propunha a compensação dos
dias parados em 180 dias, enquanto os representantes dos trabalhadores pediam a
anistia do período.
Balanço divulgado pela
Contraf-CUT informou que a greve dos bancários deixou 56,4% das agências do
país fechadas na quarta-feira (9).
Os bancários em greve
haviam rejeitado, na segunda (7), uma proposta de reajuste de 7,1% oferecida
pela Fenaban.
Na terça, a Contraf-CUT
diz ter enviado ofício do comando nacional de greve à Fenaban comunicando que
as decisões das assembleias de segunda-feira em todo o país "rejeitaram a
proposta insuficiente" apresentada na sexta passada, que eleva o reajuste
de 6,1% para 7,1% (o que representa apenas 0,97% de ganho real).
Fonte: G1
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