DIVISÃO DO ESTADO DO PARÁ, COM ÊNFASE NA CRIAÇÃO DO NOVO ESTADO DE TAPAJÓS.

° Jorge Aníbal da Costa Guimarães

Na política de expansão territorial, no sentido maior da palavra, segundo a historiografia, o Brasil começa a se definir e ter a idéia de Brasil a partir do século XIX, periodicidade em que se desenham as dimensões geopolíticas. Nessas perspectivas, pelo firmamento das demarcações, o Estado do Pará confirma sua participação federalista em aderir à Independência do Brasil; outro impulso dos paraenses em busca de melhorias sociais e contrárias aos interesses do Império, o Estado do Pará é sacudido com o movimento revolucionário “Cabanagem” (1835-1840).
A partir de então, as questões de ordem econômicas e sociais foram temas de intensas discussões até chegar aos rumores de criação do novo Estado de Tapajós, Carajás e outros. Na atual conjuntura política, social e econômica impostas, inclusive pela falta de gerenciamento público, com desleixo de políticas fiscais que pudessem manter ou desenvolver os setores norteados pelo sistema neoliberal e capitalista, países como o Brasil não poderiam apresentar outra saída, se fosse a inserção de valores e atendimentos aos critérios de países, principalmente da Europa, que compõem o topo da economia mundial. Para atender à demanda política e social, grupos de empresários e bancadas partidárias do Estado do Pará reuniram-se com o objetivo de dividir ou subdividir o Estado, com alegações que políticas públicas seriam mais viáveis aos municípios longínquos, onde educação de qualidade, saúde e infraestrutura em geral chegariam, ou fossem prioridade devido essa ruptura geográfica.
Os impactos, sociais, políticos, econômicos e culturais, ainda não foram objeto de avaliação ou preocupação por nenhum órgão responsável por análises socioculturais e socioeconômicas na área atingida, ou seja, o Baixo Amazonas. Sabe-se, no entanto, que há campanha em prol do “Sim”, pela criação do Estado do Tapajós.
Enfim, com a divisão do Estado do Pará, com ênfase na criação do Novo Estado, pode-se afirmar que há interesse político, tanto por parte dos empresários, comerciantes e políticos da área metropolitana de Belém, como dos políticos, empresários e etc, do município de Santarém, pois ambos almejam ampliar ou manter-se no controle econômico, com vistas à manutenção do populismo brasileiro, assistencialismo e coronelismo contemporâneo que, aliás, são práticas herdadas do Brasil Colonial, Imperial e Republicano. O Estado do Pará, como os demais estados da Federação, precisa sim, de melhorias na estrutura central de governabilidade, onde a população respectiva tenha acesso aos seus direitos, especificamente de exercer sua cidadania, tenha trabalho, educação e saúde para todos.
Mudar é preciso, mas com eficiência, conscientização educativa e coerência política.

° Jorge Aníbal da Costa Guimarães é historiador e pós graduado em Metodologia de Ensino de História pela UNIASSELVI

Nenhum comentário:

Tecnologia do Blogger.