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ABERTURA DE MERCADO
 
Mercado aposta em aumento de 0,75 ponto percentual e está de boa com isso. Bolsas apontam para alta.
 
 
Por Júlia Moura, Tássia Kastner e Camila Barros
 
 
A forte inflação global que vivemos tem despertado uma certa nostalgia dos
anos 1980. Apesar do aumento de preços estar longe da loucura daquela época, a alta de juros já remonta aos tempos de Walkman e mullets.
 
Nesta quarta, o BC americano irá aumentar a meta para a taxa de juros dos Estados Unidos pela quarta vez neste ano, em um ritmo que não era visto desde os anos 1980, quando a inflação comeu solta mundo afora.
 
A expectativa do mercado é que o Fed aumente em 0,75 ponto percentual, o que levaria a faixa de juros para 2,25% - 2,5%, o mais alto patamar desde dezembro de 2018.
 
Acompanhe no replay
 
Março: alta de 0,25 pp (0,25% - 0,5%)
Maio: alta de 0,50 pp (0,75% - 1%)
Junho: alta de 0,75 pp (1,50% - 1,75%)
Julho: ?
 
A alta de 0,75 p.p. não acontecia desde 1994. Duas altas dessa magnitude em sequência não existem nos registros recentes. E há quem tenha apostado, ao longo do mês, em um salto maior, de 1 ponto percentual.
 
De qualquer maneira, o maior mistério é o comunicado pós reunião e o que o presidente do Fed, Jerome Powell, dirá sobre inflação e (quem sabe?) recessão. Primeiro ele era negacionista de inflação, depois virou um cavaleiro do apocalipse da alta de preços. Agora a economia dos EUA dá sinais de desaceleração, mas essas palavras ainda não entraram no vocabulário de Powell. A pergunta é: ele está pronto para colocar isso nas projeções ou chegará atrasado de novo na virada do mercado.
 
Por enquanto, o Fed projeta um ciclo de alta de juros que culminaria em uma faixa de 3,25% a 3,5% ao fim deste ano, as mais altas taxas desde janeiro de 2008. Pois é, antes da monstruosa crise financeira global.
 
Nada capaz de abalar investidores neste começo de manhã: os futuros das bolsas americanas operam em alta, assim como os índices europeus. O destaque são as ações de tecnologia, que receberam um sopro de alívio da Alphabet (dona do Google) e da Microsoft, que reportaram lucros no segundo trimestre.
 
Pelo menos, a expectativa de recessão não chega nem perto da vista naquela época. Vamos deixar a nostalgia apenas para a ficção, como em Stranger Things.
 
Bons negócios!
 
 
 
• Futuros S&P 500: 0,81%
• Futuros Nasdaq: 1,35%
• Futuros Dow: 0,37%
 *às 8h15
 
 
• Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,61%
• Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,55%
• Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,38%
• Bolsa de Paris (CAC): 0,44%
*às 8h01
 
 
• Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,49%
• Bolsa de Tóquio (Nikkei): 0,22%
• Hong Kong (Hang Seng): -1,13%
 
 
 
• Brent: 0,11%, US$ 104,51
• Minério de ferro: 0,36%, cotado a US$ 112,30 por tonelada em Cingapura
*às 7h05
 
 
9h30 Encomendas de bens duráveis e estoques do atacado nos EUA em junho
11h30 Estoques de petróleo nos EUA na semana até 22/07
14h30 Relatório mensal da dívida pública brasileira de junho
15h Fed anuncia decisão de juros
15h30 coletiva de imprensa com Jerome Powell
 
 
 
PIB do Brasil, segundo o FMI
O Fundo Monetário Internacional (FMI) elevou a projeção do PIB do Brasil para 2022. O relatório anterior, em abril, projetava uma alta de 0,8%. Agora, a instituição estima avanço de 1,7% no final deste ano. Mesmo assim, o crescimento brasileiro fica abaixo da média dos países latino americanos, que devem crescer, como um todo, 3% este ano. Dentre os países que tiveram dados revisados pelo FMI ontem, o Brasil só fica atrás da Alemanha, que deve crescer apenas 1,2% em 2022, e a Rússia, que deve contrair 6%.
 
 
 
Zuckerberg 2.0
Zuckerberg tem pressa para colocar em prática uma nova fase da Meta, menos focada em redes sociais e mais centrada no metaverso. Mas o sucesso está longe de ser garantido: recentemente, os lucros da Meta caíram e a receita diminuiu, pois a empresa gastou demais com o projeto de mundo imersivo enquanto a desaceleração econômica prejudicou seus negócios de publicidade. O New York Times conta quais são os planos de Zuckerberg daqui pra frente.
 
Rota do ouro
Parte do ouro garimpado ilegalmente na Amazônia foi parar nos aparelhos eletrônicos da Apple e da Microsoft e nos super-servidores do Google e da Amazon. Entre 2020 e 2021, as quatro big techs compraram de duas refinadoras investigadas pela Polícia Federal brasileira por extração ilegal do metal: a italiana Chimet e a brasileira Marsam. A investigação é da Repórter Brasil, que conta o caso aqui.
 
 
 
Antes da abertura do mercado: Klabin
Após o fechamento do mercado: Meta e Ford, nos EUA; Assaí, EDP Brasil, GPA e Suzano, no Brasil
 

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