RESUMO DO DIA – EDIÇÃO DA MANHÃ | QUINTA-FEIRA, 12 DE NOVEMBRO DE 2020

 


EM SÃO PAULO, COM PESQUISA CENSURADA, DEBATE UOL/FOLHA VIRA BÚSSOLA DE RETA FINAL

 

Candidato à reeleição e líder nas pesquisas, o prefeito Bruno Covas (PSDB) foi o alvo preferido de seus adversários no debate UOL/Folha realizado ontem. Além de prestar contas sobre seu candidato a vice, o tucano titubeou ao falar de seu padrinho. "Tenho toda a felicidade de ser o candidato apoiado pelo governador João Doria, mas o candidato nessa disputa sou eu", disse.

O protagonismo foi dividido com Guilherme Boulos (PSOL) — tecnicamente empatado em segundo lugar, mas numericamente à frente — com quem trocou perguntas e críticas. Com a estratégia de polarização, o psolista quase ficou sem tempo e teve de adotar a estratégia de ser mais sucinto.

O encontro entre os quatro primeiros colocados na última pesquisa Datafolha inovou ao adotar o formato de banco de tempo: cada candidato teve um total de 15 minutos sem interrupções para se pronunciar. A cada fala, o tempo era suprimido do total, permitindo que propostas e trajetórias fossem mais bem exploradas por cada um.

Deixado de lado pelos oponentes, Celso Russomanno (Republicanos) voltou a atacar a metodologia do Instituto Datafolha, que alega estar em "desacordo com a legislação eleitoral". Anteontem, a Justiça acatou pedido de sua coligação para censurar a última pesquisa, que expõe a desidratação de sua campanha.

No momento mais tenso da manhã, Russomanno usou um vídeo que foi publicado durante a transmissão para acusar Boulos de usar empresas fantasmas. O autor da postagem é Oswaldo Eustáquio, um dos principais acusados no inquérito das fake news que tramita no STF (Supremo Tribunal Federal), que já foi preso no âmbito dessa investigação. Após o debate, Boulos chamou a denúncia de "absurda" e entrou com uma ação na Justiça Eleitoral. Na noite de ontem, a Justiça determinou a retirada do vídeo.

Em seus ataques, fez dobradinha com Márcio França (PSB), que negou a ação e comparou sua postura à do futuro presidente dos EUA. Para justificar seu passado — de apoio ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) — e seu presente — de evitar críticas a Jair Bolsonaro (sem partido) —, cravou antes do debate: "[Joe] Biden ganhou sendo moderado".

 

O QUE MAIS VOCÊ PRECISA SABER

 

- Bruno Covas é principal alvo de adversários no debate UOL/Folha

 

- Boulos é alvo de Russomanno, mira Covas e fica sem tempo no debate UOL

 

- Deixado de lado em debate UOL/Folha, Russomanno levou acusação a Boulos

 

- França se opõe a Covas e Boulos, e tabela com Russomanno em debate.

 

Fonte/Foto: Clarice Cardoso, do UOL

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