EDUCAÇÃO | TRAMITAÇÃO LENTA DO NOVO FUNDEB NO CONGRESSO NACIONAL PREOCUPA GESTORES DE TODO O PAÍS
Fundo que
repassou cerca de R$ 165 bi em 2019 a estados e municípios perde a validade no
final do ano
Implementado
em 2007, o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de
Valorização dos Profissionais da Educação (Fundeb) perderá a validade em 31 de
dezembro deste ano. Até lá, deputados federais e senadores tentam aprovar o
mais rapidamente a proposta de emenda à Constituição (PEC) que cria o novo
Fundeb. Por meio do fundo, em 2019, estados, municípios e o Distrito Federal
receberam cerca de R$ 165 bilhões. Mas a pandemia da Covid-19 tem dificultado o
andamento da proposta.
Os recursos
do Fundeb são implementados em todos os níveis da educação básica - desde
creches até a Educação de Jovens e Adultos (EJA). Vale ressaltar que o ensino
superior não é contemplado pelo fundo.
Para
consultora de Educação da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), Selma
Maquiné, esses repasses são fundamentais para o orçamento de prefeituras e
governos estaduais. “O Fundeb tem grande importância como política de inclusão
socioeducacional. O papel que ele tem é relevante na política de financiamento
da educação básica, porque ele interfere diretamente nas finanças dos estados e
municípios e na gestão da educação.”
Os recursos
do Fundeb são provenientes da arrecadação dos entes federativos e de repasses
do Governo Federal. Entre outras regras, os valores a serem repassados a
estados, municípios e DF variam conforme a quantidade de alunos de cada rede e
da modalidade de ensino. Cabem a órgãos do governo realizarem as transferências
do Fundeb.
O deputado
Pedro Cunha Lima (PSDB/PB), que preside a comissão na Câmara que analisa o
tema, afirma que a educação brasileira não possui outra alternativa de
financiamento, caso o novo Fundeb não seja aprovado. “Não existe plano B. O
prazo final é dezembro deste ano. Se não for aprovado, a gente tem, de fato, um
desmonte muito duro no financiamento da educação pública brasileira e não
existe outra alternativa a não ser a votação do novo Fundeb”, disse o
parlamentar.
Entre as
mudanças pretendidas com o texto em andamento está a ampliação de 10% para 20%
da participação do governo federal no Fundeb. A sugestão de mudança foi
apresentada em março, em parecer da relatora da PEC, a deputada Professora
Dorinha (DEM-TO).
Fonte/Foto: Paulo Oliveira –
BRASIL 61/José Cruz – Agência Brasil
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