RESUMO DO DIA – EDIÇÃO DA NOITE | SEGUNDA-FEIRA, 25 DE MAIO DE 2020
PROCURADORES VEEM INDÍCIOS DE CRIME DE BOLSONARO
Uma avaliação preliminar feita pela
Procuradoria-Geral da República vê indícios de crime na suposta
interferência do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) na Polícia Federal.
Segundo o jornal Folha de S.Paulo, a PGR entende que a conduta poderia ser
considerada prevaricação, advocacia administrativa ou afronta a um dispositivo
da lei de abuso de autoridade.
O que baseia a análise são os elementos de prova
mais recentes, que vieram à tona na investigação que tenta descobrir se a
interferência de Bolsonaro quanto à PF, denunciada pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro, teve como
objetivo proteger familiares ou aliados políticos sob investigação.
Um destes elementos é o vídeo da reunião ministerial do dia
22 de abril. Outros, por exemplo, são mensagens de celular e
depoimentos do ex-ministro Sergio Moro e também de Maurício Valeixo,
ex-diretor-geral da PF. Analisando tudo, a equipe do procurador-geral da
República, Augusto Aras, considera que há evidências de que Bolsonaro
influenciava a corporação tentando obter alguma vantagem para si próprio ou
para terceiros.
A PGR espera que o avanço das investigações
esclareça qual seria o tipo penal aplicável à conduta de Bolsonaro. Um dos
desafios, por exemplo, é identificar quem eventualmente se beneficiaria pelas
ações do presidente e em quais processos.
Em meio às investigações, Jair Bolsonaro foi se encontrar com
Augusto Aras hoje (25), de surpresa, após um contato por
videoconferência. Eles estiveram juntos por cerca de dez minutos e inclusive
posaram para fotos, em encontro que não teve a presença da imprensa.
***
Crise política e investigações à parte, ontem (14) o Brasil passou de 360 mil casos
oficiais e chegou a 22.666 mortes por covid-19. A pandemia avança de
tal modo no País, que cinco estados já se aproximam de
colapso no sistema de saúde.
O QUE MAIS VOCÊ PRECISA SABER
- Após Brasil bater recordes, cinco estados se aproximam do
colapso na saúde
- Após estudo sobre riscos, OMS suspende teste com
hidroxicloroquina
- Há indícios fortes de crime de Bolsonaro, diz Glenn sobre
reunião ministerial
- Indicados pelo centrão e nomeados por Bolsonaro já tiveram
cargos na oposição.
Fonte/Foto: Arthur Sandes, do UOL, em São
Paulo
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