DIA DAS MÃES TAMBÉM É COMEMORADO PELAS “MÃE-DRASTAS”
Mito da madrasta má gera conflitos na relação com enteados, alerta
psicólogo
Esta concepção de que todas as madrastas tem uma resistência ao enteado
é uma ideia construída socialmente, impositiva e aprisionadora, explica o
psicólogo e professor da Faculdade Santa Marcelina (FASM), Breno Rosostolato.
“As crises conjugais, divórcios e “recasamentos” acabam respingando nos filhos
e afetando a relação dessa nova formação familiar”, – afirma o psicólogo.
Além dos obstáculos na vida real, os contos de fadas, como os longas
“Cinderella” (1950) e “Branca de Neve e os Sete Anões” (1937), que contam a
história de madrastas malvadas, também contribuem para a disseminação da imagem
negativa da nova companheira do pai, ressalta o psicólogo.
“É irracional achar que na vida real a madrasta é malvada, ciumenta,
invejosa e o enteado sempre é inocente e bonzinho. Todos ocupam uma parte nessa
história e essa participação será perturbadora de acordo com a atuação de todos
os envolvidos”, analisa o psicólogo.
Abaixo o especialista lista algumas dicas que podem melhorar a
convivência.
• Não transforme a relação em uma disputa.
. Respeite o tempo que o pai precisa passar com o filho e incentive uma
aproximação entre o entre eles. A briga por atenção é uma das principais
queixas dos enteados e madrastas.
• Não caia nas provocações dos enteados, por mais que a relação esteja
complicada, é importante manter a paciência. No início, é comum que as crianças
sintam ciúmes.
• Seja agradável e dê atenção para a criança ou adolescente. Realizar
brincadeiras em casa, programar atividades para fazer juntos sempre que
possível, com o enteado, é benéfico para relação.
Fonte: Geraldo Campos
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