PARINTINS-AM: NAUFRÁGIO HISTÓRICO DO BARCO ALMIRANTE SERGIMAR COMPLETOU 10 ANOS EM 29 DE SETEMBRO




O dia 29 de setembro de 2005 não sai da cabeça de muitas famílias em Parintins. O que seria mais uma viagem para a capital do Estado se transformou num pesadelo para as 68 pessoas que estavam abordo do Barco Almirante Sergimar, na noite do dia 29 de setembro de 2005, próximo à cidade de Urucurituba.
Há dez anos, a tragédia abalou inúmeras famílias e deixou marcas naqueles que viveram momentos de pânico ao tentar salvar a própria vida.
O barco saiu de Parintins por volta das 11h rumo à Manaus. Por volta das 20h30mim, nas proximidades da Ilha das Garças, entre Urucurituba e Itacoatiara, a colisão com o empurrador Jean Filho e duas balsas, fez com que a embarcação fosse tombada e jogada para debaixo de uma das balsas.
O Almirante Sergimar era de madeira e tinha três andares e 28 metros de comprimento. A balsa que colidiu com o barco tinha 160 metros de comprimento e levavam 60 carretas com mercadorias.
Quem estava na embarcação teve pouco tempo para tentar salvar a vida. Muitos sobreviventes contam que ao tentar emergir d’água acabavam batendo as cabeças na balsa.
No desespero as chances de se salvar eram poucas, 16 pessoas morreram e até hoje 12 passageiros não foram localizados. Um total de 44 passageiros conseguiu se salvar.
Minutos depois do acidente o socorro veio através de embarcações que passavam pelo local e também a Marinha e o Corpo de Bombeiros.
Na mesma noite, a trágica notícia chegou a Parintins deixando muitos preocupados com a situação dos passageiros. No dia seguinte, várias embarcações se deslocaram até o local em busca de informações e também com o intuito de ajudar.
Impunidade
Nos dez anos de naufrágio da embarcação Almirante Sergimar, familiares ainda vivem até hoje a angustia de não poder nunca mais rever seus parentes e ainda ter que lidar com a impunidade após uma década de sofrimento.
As pessoas que estavam na embarcação naquele dia e os familiares das vítimas chegaram a ganhar a causa na justiça e ter direito a indenização. Porém até hoje a decisão ficou apenas na palavra, pois após recorrer da sentença, os acusados acabaram ficando impunes.
Elizandro Eleotério teve o irmão mais novo, Thiago, e a mãe, Ialita, como vítimas naquela noite. Os corpos dos familiares nunca foram encontrados.
Para ele, o dia 29 de setembro é de tristeza, saudade e revolta.

Fonte/Foto: Emiliana Monteiro – Alvodada Parintins/Arquivo NH


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