EM SANTARÉM-PA, INDIGENAS E QUILOMBOLAS OCUPARAM SALA DA UFOPA POR CAUSA DE CORTE DE QUASE 100 BOLSAS
O valor integral de cada bolsa é de 600 reais
Alunos indígenas e
quilombolas da Ufopa (Universidade Federal do Oeste do Pará) ocuparam manha
desta segunda-feira a sala da Pró-Reitoria de Gestão Estudantil (Proges), no
campus Amazônia, em Santarém.
O ato é um protesto contra
o corte de quase 100 bolsas estudantis executadas pela Ufopa. No final do ano
passado, o reitor Hugo Diniz fechou acordo de não cortar o auxílio estudantil
até que cada caso fosse analisado separadamente.
O acordo foi rompido,
segundo líderes da ocupação.
A universidade conta
atualmente com cerca de 500 estudantes indígenas e 200 quilombolas. Grande
parte usa o auxílio para deslocamento, aluguel e alimentação.
“Diante das políticas
públicas de desmonte dos direitos indígenas e quilombolas pelo governo federal
e também por conta do corte das bolsas pela Ufopa resolvemos fazer essa
ocupação hoje”, explicou ao blog Auricélia Arapiuns, liderança indígena
presente no protesto.
“Sem as bolsas, os
estudantes não têm como continuar na cidade. Fomos pegos de surpresa porque
havíamos fechado um acordo com a universidade, agora descumprido pela
pró-reitora de Gestão Estudantil [Eliane Flexa]. A única saída que tivemos foi
ocupar a universidade e exigir uma solução para nosso caso”.
CONTRAPONTO
A reitora em exercício da
Ufopa, Aldenize Xavier, em nota há pouco à imprensa, disse que os cortes são
consequência de “novas diretrizes” criadas pelo MEC (Ministério da Educação),
“para a homologação das bolsas de auxílio aos estudantes indígenas e
quilombolas”. “Por conta disso, houve bolsas bloqueadas de alguns de nossos
alunos”, relatou. “No
entanto, estamos tomando
as providências, estabelecendo normativas diante das novas exigências, para
reativação do maior número possível de bolsas. Todo o processo está sendo feito
por meio de diálogo com as lideranças estudantis”.
Fonte/Foto: Jeso
Carneiro
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