PARÁ: VITÓRIA DE HELDER CRIA BOAS EXPECTATIVAS NOS SINDICATOS
Quando assumir, em 1º de
janeiro, o Governo do Estado, Helder Barbalho (MDB) deve ter, entre os
compromissos, uma extensa agenda com os sindicatos. A intenção é reabrir os
canais de negociação com o funcionalismo e realizar adequações como, por
exemplo, sobre o piso nacional dos professores.
De acordo com o
coordenador de formação do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do
Estado do Pará (Sintepp), Mateus Ferreira, a categoria deve eleger um conselho
de representantes ainda em dezembro para que seja solicitada uma audiência com
o novo chefe do Executivo. “Ele assinou um compromisso conosco ao receber nossa
pauta de reivindicações, entre o primeiro e o segundo turno das eleições.
Tivemos a chance de comentar com ele alguns dos itens citados”, explica.
A carta de compromisso
entregue a Helder cita, além do pagamento do piso nacional - uma conquista
garantida aos servidores pela Justiça, mas que não é cumprida porque o atual
governador, Simão Jatene (PSDB), segue recorrendo da decisão -, o pagamento dos
retroativos, reformas das escolas e outro pedidos.
“O fato de ele ter
assinado um compromisso nos mostra que temos como criar uma expectativa.
Entendemos que ele irá manter a palavra, que não é algo meramente eleitoreiro.
Não recebemos pelo piso nacional, nosso prejuízo remuneratório chega hoje a
cerca de R$ 800. O atual governo nunca negou de nos receber, mas também nunca
atendeu as demandas”, lamenta Ferreira.
O Sindicato dos
Trabalhadores em Saúde do Estado do Pará (SindSaúde) também aguarda a posse do
novo governador para buscar uma agenda. De acordo com uma das coordenadoras da
entidade sindical, Mirian de Andrade, ela mesma entregou em mãos uma pauta de
reivindicações a Helder antes do 2º turno.
DOCUMENTO
O documento envolve
questões sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Remuneração (PCCR), política
salarial dos servidores, atualização da estrutura organizacional da Secretaria
de Estado de Saúde Pública (Sespa) e também a retomada dos hospitais públicos
geridos por organizações sociais. “Recebemos em dia, mas os salários são baixos”,
diz. “Nível superior recebe um pouco mais, uma média de R$ 3 mil. Reajuste,
chorado, esse ano ficou em 3% e olhe lá, não há ganho real”, critica a
sindicalista.
Sindpol quer que Jatene pague parcela de abono
O Sindicato dos Servidores
da Polícia Civil do Estado do Pará (Sindpol) quer, antes de sentar com o novo
governador, saber o que está faltando para Simão Jatene pagar a última parcela
do abono, garantida em negociação chancelada pela Procuradoria Geral do Estado
(PGE) e por Ophir Cavalcante Jr., atual procurador-geral, que assumiu a
coordenação da transição do governo que está terminando.
“Foi um acordo homologado
pela PGE, mas estamos em novembro e a última parcela ainda não consta nos
contracheques”, explica Pablo Farah, um dos dirigentes do Sindpol. A
incorporação do abono ao vencimento-base é uma conquista dos servidores da
Polícia Civil garantida pela Lei Complementar 095/2014.
Já com Helder Barbalho, a
ideia é encaminhar a pauta de negociação o quanto antes. Além da data-base, que
é em abril, a pauta inclui a elevação das gratificações e outros temas. “Vamos
aguardar o avanço da transição para sentar com ele. Temos uma esperança muito
grande, uma certeza que ele terá essa sensibilidade, que o atual não teve até
agora”, anseia.
Fonte/Foto: Carol
Menezes, Diário do Pará/Wagner Santana
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