CHICO MENDES HOMENAGEADO NA 7ª EDICÃO DA MOSTRA ECOFALANTE
Trinta
anos após a morte do ativista e ambientalista Chico Mendes, a 7ª Mostra
Ecofalante de Cinema Ambiental, que acontece de 31/05 a 13/06, presta sua homenagem. Serão exibidos os
filmes “Chico Mendes, Eu Quero Viver” (de Adrian Cowell, sobre a trajetória do
líder seringueiro em defesa da Amazônia, e “Crianças da Amazônia”, de Denise
Zmekhol, que percorre a rodovia BR 364,
no coração da região.
Além
da cerimônia de homenagem, será realizado um debate em torno do legado de Chico
Mendes e dos principais problemas socioambientais atuais da Amazônia, como
desmatamento da floresta e a morte de ativistas. O encontro acontece em 05/06,
às 20h00, na sala 2 do Reserva Cultural, com as presenças de Elenira Mendes
(filha de Chico Mendes), Edel Nazaré de Moraes Tenório (vice-presidente do
Conselho Nacional dos Seringueiros), e mediação de Mauro Barbosa Almeida
(professor da Unicamp e especialista em reservas extrativistas da região
amazônica, que conheceu e acompanhou a militância de Chico Mendes). O objetivo
do tributo é chamar a atenção das novas gerações para a luta de Chico pela proteção da floresta e contra os
interesses predatórios do grande capital na região amazônica.
Sobre Chico Mendes
Chico
Mendes nasceu e foi criado no seringal Porto Rico, próximo à fronteira do Acre
com a Bolívia. Aos nove anos de idade, tomou para si a mesma profissão do pai,
de seringueiro. Ao longo dos anos, se viu cercado de uma injustiça crescente.
A
vida no seringal, que sempre fora pautada por exploração e miséria, começou a
ser ameaçada quando a borracha passou a ser substituída pela pecuária em prol
de benefícios econômicos para os fazendeiros da região. Chico passou a atuar
ativamente na resistência dos seringueiros. Integrou a diretoria do Sindicato
de Trabalhadores Rurais de Brasiléia, o primeiro criado no Acre, organizou o
primeiro Encontro Nacional dos Seringueiros e participou da criação do Conselho
Nacional dos Seringueiros. Ele era uma das principais lideranças dos “empates
às derrubadas” – uma importante forma de resistência ao avanço da pecuária e o
desmatamento que ameaçavam os seringais do Acre.
A
repercussão internacional veio, em 1987, com o lançamento do documentário
produzido por Adrian Cowell, cinegrafista inglês que filmou o Encontro Nacional
dos Seringueiros e decidiu acompanhar o cotidiano do líder brasileiro.
Chico
denunciou a destruição da floresta no congresso norte-americano ganhou o Global
500, prêmio da ONU, na Inglaterra e a Medalha de Meio Ambiente da Better World
Society, nos Estados Unidos.
O
líder seringueiro era praticamente
desconhecido do público
brasileiro até ser assassinado, em 1988, por conta da sua atuação que
desagradou as forças conservadoras o que levou ao seu assassinato e provocou
uma comoção internacional .
Fonte/Foto: Redação ATTi
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