SAÚDE: FARINHA DE TAMBAQUI PODE COMBATER ANEMIA, APONTA PESQUISA NO AM
"Estudo aponta que fígado do peixe é rico em ferro. Pescado é
muito consumido na gastronomia do Amazonas"
Um
estudo desenvolvido no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa)
aponta que uma farinha produzida com fígado e vísceras de tambaqui - um dos
peixes mais consumidos no Amazonas - pode ser opção para enriquecer a ingestão
de ferro. Segundo dados da pesquisa, a ingestão do ferro pode combater a
anemia.
O
estudo, intitulado “Aproveitamento das farinhas das brânquias e do fígado de
tambaqui (Colossoma macropomum) como fonte de ferro: mito ou verdade”, foi
desenvolvido pelos pesquisadores do Inpa, Francisca das Chagas do Amaral Souza
e Jaime Aguiar.
Os
resultados da pesquisa foram publicados em janeiro deste ano em uma revista
científica norte americana.
Além
de ser rico em ferro, o fígado de tambaqui possui alta biodisponiblidade. De
acordo com os pesquisadores, isso significa que o alimento tem alta capacidade
de absorção pelo organismo.
“Em
crianças menores de cinco anos, a falta de ferro pode provocar retardo no
desenvolvimento neuropsicomotor, comprometimento da imunidade, menor capacidade
intelectual ou menor potencial cognitivo que permanece a vida toda, podendo
ser, portanto, irreversível, mesmo com o tratamento”, afirma a pesquisadora e
nutricionista Dionisia Nagahama, por meio de assessoria.
A
biodisponibilidade do ferro foi testada em ratos alimentados com dietas à base
da farinha de fígado e farinha de brânquias (guelras) de tambaqui. “Com base
nos resultados apresentados, verificou-se que a concentração de ferro da
farinha de fígado de tambaqui é altamente biodisponível (absorvida) pelo organismo”,
explicou Francisca Souza, por meio da assessoria.
De
acordo com a pesquisa, os resultados demonstrados no estudo, principalmente a
utilização da farinha de fígado como fonte de ferro, revelam a importância do
aproveitamento dos resíduos com alto valor nutricional, visando o controle de
carências nutricionais.
Fonte/Foto: G1 AM, postado por Redação Via
Amazônia/Suelen Gonçalves
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