ESPALHAFATOSO, DEPUTADO PARAENSE WLAD COSTA VIROU "O DEPUTADO DOS CONFETES”




Em Brasília, Wlad Costa ficou conhecido como “o deputado dos confetes”, por seu estilo espalhafatoso e grosseiro. Por duas vezes consecutivas, durante as discussões e votação do impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff, ele soltou bombas de confetes em plenário. É famoso também por, ao longo dos últimos anos, acumular o título de parlamentar com o maior número de faltas sem justificativa na Câmara dos Deputados.
A cassação interrompe sua quarta legislatura. Wlad está em seu 14º ano de mandato, sem nunca ter tido sequer um Projeto de Lei ou documento de relevância aprovado pelo Legislativo. Ao contrário, nesses anos ele acumulou inimigos e processos que envolvem desvio de recursos públicos durante o mandato. Um dos campeões em processos no Supremo Tribunal Federal (STF), Wlad responde por pelo menos duas ações penais e 10 inquéritos.
AS FALCATRUAS DE WLAD COSTA
Confira alguns inquéritos e ações penais pelos quais o deputado responde:
- BLOQUEIO DE BENS:
No início do ano, o juiz Deomar de Pinho Barroso, da 1ª Vara Cível e Empresarial de Barcarena, determinou o bloqueio de bens de Wlad, por suspeita de participação do deputado em um esquema de desvio de recursos públicos a partir de um convênio firmado entre a ONG Instituto Nossa Senhora de Nazaré e a Secretaria de Estado de Esporte. Segundo a denúncia, essa ONG pertence a Wlad e teria recebido R$ 230 mil da Secretaria de Estado de Esporte e Lazer (Seel), em 2012. Até hoje o dinheiro não foi devolvido aos cofres públicos.
- CRIME DE AMEAÇA
A Ação Penal nº 964 julga o deputado paraense por crime de ameaça contra a liberdade pessoal a Terezinha Ribeiro Nascimento e a seu filho, Adelson Ribeiro. A Procuradoria Geral da República (PGR) ofereceu a Wlad Costa o benefício da transação penal – usada em crimes de menor potencial ofensivo – estabelecendo como pena a doação mensal à Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais – Apae. Mas Wlad recusou e sua defesa perdeu o prazo no processo. O resultado é que ele é novamente réu, em ação criminal.
- CRIME DE PECULATO
Na Ação Penal nº 528, Wlad é investigado pela prática de crime de peculato. De acordo com a denúncia, entre fevereiro de 2003 e março de 2005, ele e o irmão Wlaudecir contrataram três funcionários fantasmas no gabinete do próprio deputado. A Câmara dos Deputados depositava os salários e benefícios dos funcionários em contas criadas na Caixa Econômica Federal. Esses funcionários eram obrigados a sacar o dinheiro e entregar a Wlaudecir, que deposita em contas cujo titular era o próprio Wlad Costa. O valor total desviado teria sido superior a R$ 210 mil.
- DESVIO DE RECURSOS
O Inquérito 3884 investiga denúncias de desvio de recursos por parte de Wlad. Segundo o inquérito, há a confirmação de que o deputado, por meio de parentes que serviriam como laranjas, comprou um apartamento numa cobertura no Rio de Janeiro. Wlad esteve pessoalmente no Rio, para assinar a escritura de compra e venda do apartamento. Levou com ele a importância de R$ 650 mil para - a entrada de R$ 800 mil, de um total de R$ 2,35 milhões para a compra do apartamento, numa área nobre da capital carioca.

Fonte/Foto: Luiza Mello – DOL/Agência Brasil

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