IPAAM DETERMINA A RETIRADA DAS TELAS DE PROTEÇÃO DE PALMEIRAS EM FRENTE A CONDOMÍNIO EM MANAUS-AM
Uma equipe do Corpo de Bombeiros fez a retirada das telas das palmeiras. |
Também foram recolhidos vários corpos dos animais para
serem necropsiados, a fim de ser descoberta a causa das mortes de 200
periquitos
Por determinação do
Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), o Corpo de Bombeiros
retirou na tarde desta terça-feira (2), as telas que envolviam as palmeiras, em
frente ao condomínio Ephigênio Salles, zona Centro-Sul de Manaus, cenário de
uma mortandade de periquitos na última quinta-feira. Um dia antes o órgão já
havia recolhido amostras das telas para serem examinadas no laboratório da
Universidade Federal de Campina Grande (PE). Também foram recolhidos vários
corpos dos animais para serem necropsiados, a fim de ser descoberta a causa das
mortes em massa.
De acordo com a gente de
fauna do IPAAM, Sônia Canto, a retirada das telas, colocadas pelo condomínio
desde 2011, devolve parte do habitat natural a milhares de periquitos, além de
preservar as 20 palmeiras imperiais, cujas folhas que já estavam em estado de
deteriorização.
“Primeiro, o condomínio
tinha autorização de entidades oficiais para a colocação de telas. Mas, a
partir do momento em que essa atitude passa a ferir a Lei 5.197, que proíbe,
entre outras coisas, a modificação de abrigos naturais de animais, temos que
agir”, disse a diretora.
Quanto à morte dos
pássaros, o IPAAM reitera que, descobertos os culpados pelas mortes, serão
punidos com multas que vão de R$ 500 a R$ 5 mil. Até ontem, não havia sido
descoberto nenhum culpado pela morte dos passarinhos.
A retirada das telas foi
acompanhada pela professora Talita Carvalho, pela ativista Valéria Menezes e
pela bióloga Fabíola Firmino. As três encabeçaram, pelas redes sociais, uma
campanha chamando à atenção da sociedade para o crime ambiental, supostamente
cometido em frente ao conjunto Ephigênio Salles. O movimento provocou
manifestações populares sexta-feira e domingo, em frente ao referido
condomínio.
De acordo com a bióloga
Fabíola Firmino, embora ainda não haja culpados, é descartada qualquer
possibilidade da morte em massa dos passarinhos ter sido por causa natural.
“Mais de 200 aves não morrem de uma só vez, sem que haja uma ação criminosa,
mas não vou ser leviana de acusar alguém sem que haja provas. Entretanto, tenho
quase certeza que foi efeito tóxico”, aposta a bióloga.
Fonte/Foto:
Nelson Brilhante - acrítica.uol.com.br/Evandro Seixas
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