CÂMARA DOS DEPUTADOS APROVA MAIS ZONA FRANCA DE MANAUS POR MAIS 50 ANOS
Com a bancada amazonense conseguindo amplo apoio entre
a base aliada, a emenda foi votada nominalmente e aprovada com 366 votos
favoráveis
Em meio a discursos
elogiosos e um clima de acordo geral, a Câmara dos Deputados acaba de aprovar,
na tarde desta quarta-feira (4), em segundo turno, a Proposta de Emenda
Constitucional 103/11, do Senado Federal, que extende os benefícios da Zona
Franca de Manaus por mais 50 anos. O projeto, que tramita há três anos, era um
ponto importante do discurso da Presidente Dilma Rousseff na época de sua
posse.
Com a bancada amazonense
conseguindo amplo apoio entre a base aliada, a emenda foi votada nominalmente e
aprovada com 366 votos favoráveis, quase uma unanimidade considerando o quórum
de 371 parlamentares presentes. Dois parlamentares foram contra a proposta e
três se abstiveram.
A Constituição atualmente
prevê a concessão de benefícios até 2023. Em acordância ao processo
legislativo, a matéria será levado ao Senado para votação e, se for aprovada,
extenderá esse prazo até 2073.
Lei de Informática
Um dos pontos que travava
a aprovação da PEC era a discussão do Projeto de Lei 6727/13, de autoria do
deputado Mendonça Filho (DEM-PE), que prorroga o prazo de benefícios da Lei da
Informática (Lei 8.248/91), tais como reduções do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI), por mais dez anos.
As reduções atualmente
vigentes iriam até o fim deste ano, no entanto, os deputados aprovaram a sua
prorrogação, elas agora terão vigência até 2024. O substitutivo, isto é, a
proposta substancialmente alterada apresentada pelo relator, neste caso, o
deputado João Maia (PR-RN), mantém a isenção de 80% do IPI para empresas de
informática até 2024, com redução progressiva até 2029, quando o benefício será
extinto.
Pela natureza do
substitutivo, ele tinha preferência na votação sobre o projeto original e foi
aprovado pelo plenário na tarde desta quarta-feira. O texto aprovado também
contemplava a prorrogação do funcionamento de cinco áreas de livre comércio na
região Norte até 2050. As cinco áreas são: Tabatinga (AM), Macapá e Santana
(AP), Guajará-Mirim (RO), Boa Vista (RR) e Cruz do Sul (AC). A aprovação
permitiu que o Plenário pudesse decidir sobre o destino da Zona Franca de
Manaus.
Bancada amazonense e dos partidos da base comemoram
Em seu pronunciamento
diante da Câmara, o líder do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), defendeu a
isonomia entre estados. "Não podemos promover guerra federativa. Não
podemos impedir que cada um que tenha um tipo de recurso perca o seu
direito", declarou.
O parlamentar Henrique
Oliveira, por sua vez, comparou a votação da PEC com a final da Copa do Mundo
que ocorre este ano no Brasil. "Para o povo do Amazonas, a grande final do
século está se travando neste momento. É o Brasil contra o desemprego, é o
Brasil contra o desmatamento, é o Brasil contra a evasão de riquezas, é o
Brasil contra a poluição, e nisso nós vamos dar uma goleada", disse Henrique,
que, no entanto, ressalvou que "nós precisamos de um novo modelo daqui a
59 anos para que a gente não precise de decisões políticas. Um novo modelo de
economia, um novo modelo de riqueza".
O deputado Pauderney
Avelino explicou quão árduo foi chegar ao acordo. "Não foi fácil chegar
até aqui, de gabinete em gabinete, trabalhando arduamente para que nós
pudéssemos chegar em condições de aprovar a Zona Franca de Manaus. Conseguimos
formar consensos entre oposição e governo, entre todas as regiões brasileiras,
para que pudéssemos chegar a esse resultado", comentou.
"Depois de muito
trabalho, articulações e vários entraves, nós conseguimos! Provamos que a união
sempre é a melhor solução! Lutamos em prol de um bem comum para todos os
brasileiros e todos precisam saber que a Zona Franca está em Manaus mas, é do Brasil!
Nessas horas, aprendemos a deixar de lado nosso interesses pessoais e temos que
ter a humildade de pensar pelo bem comum de todos!", ressaltou a
parlamentar Rebecca Garcia.
Fonte/Foto:
Lucas Jardim – acrítica.uol.com.br/Gustavo Lima – Ag. Câmara


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