AMAZÔNIA, CICLOS DE MODERNIDADE”: EXPOSIÇÃO CHEGA EM MANAUS E CONTA HISTÓRIA DA MODERNIDADE DA AMAZÔNIA DO SEC XVIII AO INICIO DO SEC XX
A história da modernidade
da Amazônia a partir da produção artística é a tônica da exposição “Amazônia,
Ciclos de Modernidade” que chega para temporada em Manaus, de 5 de junho a 3 de
agosto, ocupando as salas do Centro Cultural Palácio da Justiça.
Com curadoria de Paulo
Herkenhoff, a exposição foi selecionada pelo Programa Petrobrás Cultural e, em
Manaus, tem apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado da
Cultura.
A mostra tem o conceito de
apresentar a cultura visual da região através de sua arte e determinadas
particularidades antropológicas, desenhos científicos, arquitetura e urbanismo.
Tudo isso mostrando dois períodos de modernidade: o Iluminismo (século XVIII) e
o Ciclo da Borracha (início do século XX).
Reunindo cerca de 100 obras,
a exposição mostra numa das salas referências ao Padre Antonio Vieira (1608 -
1697) e a noção de antropologia. Nela, pode-se ouvir o áudio guia com a
gravação do “Sermão do Espírito Santo”, de autoria dele, além dos objetos
“Sermoens”, mais o vídeo “Ymá Nhandehetama Antigamente fomos muitos” (2009),
ambos de autoria do artista paraense Armando Queiroz.
ILUMINISMO
Em outra sala, há
referência do Iluminismo que irá tratar de assuntos relativos à ciência,
antropologia e arquitetura.
São, 11 originais desenhos
botânicos da expedição de Alexandre Rodrigues Ferreira (1756-1815), do acervo
da Fundação Biblioteca Nacional, do Rio de Janeiro, e arquitetura de Antônio
José Landi (1713-1791).
Na viagem filosófica de
Alexandre Rodrigues Ferreira, ele chegou ao Brasil com seus desenhistas
botânicos, nomeado pela Rainha D. Maria I como “o primeiro naturalista
português” e encarregado da expedição científica que complementou a Comissão de
Demarcação de Limites entre as fronteiras dos domínios de Portugal na América.
Na época foi o maior empreendimento científico realizado no Brasil pela Coroa
Portuguesa em todo nosso período colonial.
Nesse espaço, haverá
backlights dos desenhos da coleção Alexandre Rodrigues Ferreira.
FOTOGRAFIA E BORRACHA
Na sala “Fotografias:
Esquecimento e visibilidade”, o espaço terá uma pintura de Antonieta Santos
Feio, sob o título Vendedora de Cheiro (1947), da coleção do Museu de Arte de
Belém e mais 23 fotografias de fotógrafos importantes do século XIX e XX, como
Felipe Fidanza, que atuou muito em Belém, mais também George Huebner, o alemão
que fotografou Manaus, mais Gautherot, Verger e até Silvino Santos, do acervo
do Museu da Imagem e Som do Amazonas (Misam).
Destaque também para a
sala sobre “O Ciclo da Borracha” que exibirá pinturas representativas da
história do Amazonas como as telas de Manoel Santiago (Iara eA Cobra Grande) ou
Rita Loureiro (O Seringueiro), todas do acervo da Pinacoteca do Amazonas.
Como artistas
contemporâneos, ressalta-se ainda as obras de Jair Jacqmont, Otoni Mesquita,
Sergio Cardoso, Óscar Ramos , Jandr Reis e Turenko Beça.
ESPAÇO INDÍGENA
Uma das últimas salas da
exposição “Amazônia, Ciclos de Modernidade” será a indígena, com fotografias,
vídeos e peças ticunas.
As fotos são de Cláudia
Andujar, com fotos cortesia da Galeria Vermelho, de São Paulo. As imagens
mostram o trabalho com os yanomâmis, seu universo simbólico e luta política.
Roberto Evangelista é o autor do vídeo Da Criaçaõ e Sobrevivência das Formas
(1978). Já as peças ticunas são do acervo do Centro Cultural Povos da Amazônia.
No mais, a sala “Vídeo nas
Aldeias” mostrará as transformações da cultura material, vídeos nas aldeias
indígenas e vídeos feitos por índios na Amazônia.
E, na Sala de Cinema, será
exibido o filme “No rastro do Eldorado”, de Silvino Santos, do acervo do Misam.
Fonte/Fotos:
Press Comunicação Estratégica
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