JORDY CRITICA GOVERNO E COMPANHIAS AÉREAS POR ATUAÇÃO PRECÁRIA NA AMAZÔNIA
Brasília/DF - Em tom de
desabafo, deputados federais de Estados do Norte criticaram companhias aéreas e
órgãos governamentais durante audiência pública da Comissão da Amazônia, nesta
quarta-feira (9), onde foi discutida a situação da aviação civil na região
Amazônica, com o objetivo de cobrar soluções para os sérios problemas
enfrentados pelas populações da região, ante o isolamento imposto pela falta de
voos comerciais para as cidades interioranas. A audiência contou com
representantes da Anac – Agência Nacional de Aviação Civil, da Empresa
Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e de companhias aéreas.
Para os parlamentares, a
aviação na região passa por uma fase crítica, com a falta de investimentos nos
aeroportos existentes, a deficiência de voos, e o fechamento de postos da Anac
nas capitais do Norte do país, de acordo com reestruturação do órgão, o que
tornou precário o atendimento a uma frota que gira em torno de 450 aeronaves na
região.
De acordo com o deputado
Plínío Valério (PSDB/AM), um dos autores do requerimento que originou a
audiência, “é um absurdo, por exemplo, que as cidades do Amazonas fiquem sem
receber vacinas, remédios, material didático da universidade, pacientes e terem
seu quadro de saúde agravado, por serem impedidos de realizarem intervenções
médicas na capital, porque não tem voo, pois o esquecimento foi imposto ao
cidadão da nossa terra”, afirmou.
Nada justifica, para
Arnaldo Jordy, deputado do PPS do Pará, “a existência de um cartel que sufoca a
possibilidade da existência de concorrência entre as empresas aéreas, fazendo
com que os voos sejam escassos e que as tarifas sejam aviltantes”. O deputado
deu como exemplo uma passagem para a capital acraeana em dezembro do ano
passado, que normalmente custaria cerca de 800 reais, fosse oferecida por
absurdos 8.142 reais. “Nenhuma liberdade tarifária ou de mercado pode
esclarecer este abuso, que penaliza toda uma região”, exclamou.
Segundo o parlamentar
paraense, a ausência de uma regulação, a falta de fiscalização dos órgãos
governamentais e uma visão colonizadora da Amazônia contribuem para que a
situação aérea no Norte beire o caos, onde as grandes distâncias entre os
municípios e seus distritos, como entre Altamira e Castelo dos Sonhos, com mais
de mil quilômetros, faz com que a mobilidade aérea seja acima de tudo, um item
de primeira necessidade para 28 milhões de brasileiros que habitam esta região
do país.
Legislação
Jordy apresentou projetos
de Lei que visa balizar as tarifas aéreas em todo país, segundo o deputado,
numa tentativa de reduzir as discrepâncias e os absurdos cobrados pelas
companhias aéreas, causados pela ausência de uma legislação reguladora e por
uma possível conivência das agências governamentais.
Fonte: Assessoria
de Comunicação - Gabinete Dep. Arnaldo Jordy
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