INSÓLITOS DA FLORESTA?



(...) As manhãs de setembro sugem belas e saúdam a todos os ribeirinhos às margens do rio Amazonas. Os cânticos matinais dos pássaros dourados e multicoloridos ecoam selva adentro e reverberam sobre as águas paradas do suntuoso lago, fazendo vibrar a mais ínfima fibra jamais vista pelo homem.
Intuitivamente o velinho percebe as energias vibrando na mais longínqua copa da frondosa sumaumeira. É o rufar da sapopema. Nesse momento, centenas de painas plainam levemente sobre a vegetação disforme. Por instantes, veem-se algumas sementes aterrisar entre folhas verde-musgo, agasalhando-se nas diminutas frestas do barreiro forrado de vegetação nativa - local de caça de belíssimas onças pintadas tendo à beira do rio o olhar capcioso do jacaré que finge dormir.
Os pés de camapu ficaram mais viçosos, e seus frutos lilás e róseos fazem cócegas para saltitar ou para pegar a carona do primeiro caminhante que passar...



Trecho Livro: Amazonas, Esplendor da Natureza. Pág.128
Autor: Lison Costa

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