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Está por um fio o cessar-fogo de três semanas entre Israel e Hamas. Benjamin Netanyahu afirmou nesta terça-feira que retomará a guerra em Gaza se o grupo palestino não libertar mais reféns até meio-dia de sábado. O ultimato foi anunciado após ameaça semelhante feita na véspera por Donald Trump, que recebeu ontem o rei Abdullah da Jordânia na Casa Branca para uma reunião tensa, em que se discutiu o cessar-fogo e o plano do republicano para “assumir” Gaza e expulsar os palestinos. O americano disse que poderia negar ajuda à Jordânia e ao Egito, dois aliados dos Estados Unidos, se eles não o apoiarem. Antes de uma reunião a portas fechadas com Abdullah, Trump endossou uma anexação israelense da Cisjordânia e disse que “não há razão para comprar Gaza” porque “vamos tomá-la”. Abdullah, no entanto, reiterou sua posição contra o deslocamento de palestinos. “Esta é a posição árabe unificada. Reconstruir Gaza sem deslocar os palestinos e resolver a terrível situação humanitária deve ser a prioridade para todos.” (Guardian)
O gabinete de Netanyahu concordou que, se três reféns forem libertados até sábado, como planejado inicialmente, o país continuará comprometido com o cessar-fogo. Mas, em um sinal de que Israel pode estar se preparando para retomar os combates, o premiê ordenou ao Exército que aumente os reforços na área de Gaza “em preparação para vários cenários”. Já o Hamas reiterou que está comprometido com o acordo de cessar-fogo e afirmou que Israel seria “responsável por quaisquer complicações ou atrasos”. (New York Times)
Enquanto isso... O Egito planeja “apresentar uma visão abrangente para a reconstrução” da Faixa de Gaza que garanta aos palestinos o direito de permanecer em suas terras. O Ministério das Relações Exteriores egípcio disse que “espera cooperar” com o governo Trump sobre o assunto com o objetivo de “chegar a um acordo justo para a causa palestina”. (Times of Israel)
Guga Chacra: “[Abdullah] quer manter a ajuda militar, mas sem aceitar a limpeza étnica. Não apenas por questões morais óbvias, mas por saber que seu regime provavelmente cairia no caso de ele aceitar a proposta de crime contra a humanidade do norte-americano. A maioria da população jordaniana é formada por refugiados palestinos e seus descendentes que, na Guerra de 1948, foram expulsos ou saíram imaginando que um dia voltariam ao que hoje é o Estado de Israel”. (Globo)
Amir Tibon: “Trump efetivamente ameaçou destruir o acordo que sua própria equipe ajudou a negociar e deixou mais perguntas do que respostas após sua declaração curta e combativa. Em uma interpretação possível, sua declaração sinaliza uma nova fase nas negociações sobre os reféns e poderá levar à rápida libertação de dezenas deles e ao fim formal da guerra. Mas, com uma compreensão ligeiramente diferente, suas palavras se tornam ameaça imediata às vidas de todos os reféns e uma receita para uma guerra sem fim entre Israel e o Hamas”. (Haaretz)
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