TAÍ UMA BOA NOTÍCIA! DANÇAR “BOI-BUMBÁ” FAZ PERDER ATÉ MIL CALORIAS EM UMA HORA.
Nas academias, o aeroboi atrai interesse de
apaixonados por boi bumbá e aqueles que procuram aumentar a resistência do
corpo e emagrecer.
Três vezes por semana,
ritualisticamente, o som de eletrizante toada de boi-bumbá comanda a aula do
professor de dança Júnior Zouker. Com ‘grito de guerra’, ele inicia as aulas de
aeroboi para avivar ainda mais a paixão de 30 alunos do módulo da academia
Cagin, em Manaus, pela dança e folclore amazonense. A prática do exercício
define, aumenta a resistência do corpo e ainda é um aliado de quem procura
emagrecer e entrar em forma.
Há cinco anos no exercício
do ensino do aeroboi, Zouker explica a importância do exercício. “Se uma pessoa
fizer uma hora de aula de aeroboi, do início ao fim, sem cessar, ela poderá
perder de 600 a mil calorias. Além de uma boa prática para emagrecer, o aeroboi
é fácil de acompanhar, de aprender”, disse.
Para se ter uma ideia,
‘queimar’ quase mil calorias pode representar ‘tirar’ do corpo um picolé de
fruta, com 112 calorias; uma espiga de milho verde (132 calorias); um sanduíche
natural de frango com aproximadamente 298,80 calorias; uma lata de cerveja (350
ml), com 150 calorias; e uma fatia de 120 gramas de cuzcuz de tapioca, com
cerca de 297,60 calorias. Juntos, os produtos alimentícios citados somam 990,40
calorias.
A professora magistrada
Lúcia Viana segue a metodologia da dança há 12 anos ininterruptos. “Me sinto
bem dançando aeroboi. Tanto que há 12 anos faço aulas e nunca parei. Ajuda na
atividade cardiovascular, é uma intensa aeróbica com foco na perda de calorias,
aliada à terapia, brincadeiras e dança. É ótimo para começar o dia; deixar a
tensão de lado. E, claro, me preparo para os ensaios e festival folclórico”,
afirmou.
Novata, mas não menos
aplicada, a bibliotecária Neide Garcia descobriu o aeroboi há três meses.
“Quando me transferi para esta academia, verifiquei a existência das aulas de
aeroboi. Aí, pensei: ‘Sou apaixonada pelo Caprichoso e quero entrar em forma.
Pronto. Vou fazer!’. Não me arrependo, pois meu condicionamento físico e minha
coordenação motora melhoraram muito!”, argumentou.
O interesse pelas aulas
não é restrito aos amazonenses e brasileiros. Na turma do professor Júnior,
pela manhã, seis mulheres orientais exercitam as toadas de Garantido e
Caprichoso. A japonesa Reyco Hasegawa mora em Manaus há dois anos, e explicou
que nunca dançou no Japão. “Me apaixonei pela cultura de Parintins. Quando
danço, seja nas aulas, seja quando prestigio as apresentações dos bumbás,
esqueço dos problemas. É só alegria na minha vida. Não dançava nada no Japão.
Mas sei, por intermédio de amigas, que o aeroboi já é ensinado por lá”,
comentou a dona de casa.
Os benefícios da prática
de aeroboi atuam, decisivamente, nos campos psicológico e respiratório; além de
proporcionar bem estar e autoestima. Com o aeroboi, Júnior Zouker explicou um
fator de auxílio à sua vida: “Tenho asma. Nos últimos anos, esse problema
melhorou, houve um processo natural de fortalecimento do meu pulmão, devido a
essa dança aeróbica”.
Júnior Zouker
Com habilidades para a
dança desde os 13 anos, o instrutor Júnior Zouker, de 25 anos, ensina técnicas
na dança do aeroboi há dois anos e meio, na academia Cagin. O profissional também
ministra dança de salão e zumba, ritmo condensado de estilos como hip hop,
flamenco e músicas árabes. De acordo com ele, muitos alunos estrangeiros
gravaram vídeos das aulas e divulgaram pelo mundo. Ele mantém contato com
agentes de dança e pessoas de países como Bélgica e Estados Unidos, e em
cidades como Rio de Janeiro e Brasília. O bailarino é formado pela Companhia de
Dança RQ, composto por profissionais do Rio de Janeiro, residentes em Manaus.
Surgimento do aeroboi
Quando fortalecido pela
mídia no Brasil e no mundo em meados da década de 90, o movimento Boi Bumbá de
Parintins atraiu milhares de torcedores e admiradores, independentemente da
preferência pelas cores Vermelho e Azul, respectivamente Garantido e
Caprichoso. O gosto pelo ritmo e dança aumentou o ‘trânsito’ em academias de
dança de Manaus, com a junção do ‘dois pra lá e dois pra cá’ e a prática
física: surgiu o aeroboi.
Fonte/Foto:
Portal Amazônia/Michel Guerrero
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