PARINTINS-AM: AMNISTIA INTERNACIONAL CONDENA REALIDADE CARCERÁRIA


Dois integrantes da Amnistia Internacional visitaram nos últimos dois dias o município de Parintins para conhecer a realidade carcerária da cidade. Na manhã desta quinta-feira, 22, o inglês Tim Cahille o canadense Patrick Wilcken estiveram na unidade prisional de Parintins, no centro da cidade, e a tarde foram até a Delegacia Interativa de Policia onde conversaram com a delegada Ana Denise, com o delegado Ivo Cunha, e com o Bispo Dom Giuliano Frigenni e conheceram a realidade local no que diz respeito a estrutura da policia e a situação em que vive a população  carcerária do município.
A Amnistia Internacional é um movimento global de mais de dois milhões de pessoas em 150 países que realiza campanas em prol aos direitos humanos, empenhados na justiça e igualdade. O movimento pressiona governos e outros grupos poderosos para permitir às pessoas viver com dignidade. A Amnistia internacional é independente de qualquer governo, organização internacional ou partido político. No Brasil a Amnistia Internacional está instalando território no Rio de Janeiro. Os dois integrantes do movimento pelos direitos humanos já percorreram quase todos os estados brasileiros, visitaram 30 presídios em todo o país e pela primeira vez estão no Amazonas.
A delegada Ana Denise apresentou as estatísticas da delegacia da mulher disse que além de efetivo a especializada deve ser desmembrada da delegacia geral. O delegado Ivo Cunha também apresentou as dificuldades apresentadas pela delegacia interativa de polícia civil e assegurou que o grande problema do interior é falta de efetivo e falta de um médico legista para acompanhar os casos registrados na delegacia. Outro ponto apresentado pelo titular foi quanto ao apoio da Polícia Militar. “Se não fosse o apoio da policia militar a delegacia estaria inviável para atender a população”, explicou Ivo Cunha.
Tim e Patrick visitaram as celas conversaram com os presos e receberam denuncias de violência contra os presos, comparando a situação precária de Parintins com outros presídios. Eles condenaram situações como em uma única delegacia e unidade prisional haver presença de menores, mulheres e homens, mas também levaram em consideração os apelos das polícias. Para eles, o Estado deveria olhar de maneira diferenciada para a questão carcerária, que muitas vezes é deixada de lado pelos governantes porque não lhes traz benefícios. O relatório da visita será enviado aos poderes públicos Estadual e Federal para que eles possam dar respostas e tomar providências. Em caso de uma resposta negativa, eles podem acionar a ONU a pressionar os municípios e estado a tomarem uma atitude e cobrar uma mudança e a solução de problemas.

 FONTE/FOTO: Carlos Alexandre / Sistema Alvorada

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