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ABERTURA DE MERCADO
 
Tombo da Apple (AAPL34) e preocupações com os juros travaram bolsas americanas ontem, e contratam dia difícil para a bolsa brasileira hoje.
 
 
Por Bruno Carbinatto e Sofia Kercher
 
 
Bom dia!
 
Quem escolheu não emendar o feriado vai se deparar com um pregão que amanhece amargo nesta sexta-feira. Ontem, enquanto brasileiros descansavam, Wall Street ficou de mau humor, o que pode contratar um dia ruim também por aqui. O S&P 500 caiu -0,32% e o Nasdaq, -0,89%.
 
No dia de folga da B3, os ADRs de empresas brasileiras negociados em Nova York seguiram os índices americanos e fecharam no vermelho. Os ADRs da Vale fecharam em baixa forte de -3,5%, num dia de recuo do minério de ferro na China (-1,78%). Já os papéis da Petrobras caíram 2,48%.
 
Parte do azedume em Wall Street se dá pelo fato de que o mercado está se questionando se o Fed realmente acabou com seu ciclo de altas nos juros. Até pouco tempo, essa era a aposta majoritária entre investidores. Agora, porém, uma nova alta de 0,25 ponto percentual na reunião de novembro ou dezembro começa a entrar em cena como uma possibilidade forte. Cerca de 40% dos palpites acompanhados pela CME, a bolsa de Chicago, apontam para isso. Isso porque a economia americana segue forte e o mercado de trabalho, aquecido, abrindo espaço para o banco central seguir sua luta contra a inflação sem necessariamente resultar numa recessão.
 
Outra parte do mau humor vem da Apple. A maior empresa do mundo em valor de mercado caiu 6,8% nos últimos dois dias, perdendo US$ 200 bi de valor de mercado. O problema da companhia da maçã vem da China: por lá, o Partido Comunista vem fechando o cerco contra a empresa americana, num movimento nacionalista.
 
Pequim planeja expandir uma proibição do uso de equipamentos da Apple (e de outras marcas estrangeiras) no trabalho para funcionários públicos. Antes, já havia sido anunciado que membros do governo federal estariam proibidos de usar iPhones; a ideia é que isso seja estendido também para governos locais e empresas estatais (que são muitas).
 
Ainda que uma proibição maior e mais generalizada seja improvável, dada a popularidade dos aparelhos da companhia por lá, a guinada anti-Apple da China é preocupante para a empresa; o país asiático é seu maior mercado estrangeiro, gerando um quinto de toda receita, e também base de produção global.
 
O mau humor de Nova York respinga no mundo; hoje, as bolsas europeias amanheceram no vermelho, ameaçando engatar em oito quedas seguidas, maior sequência negativa desde 2016.
 
Por aqui, um outro dado pode azedar o #sextou: o minério de ferro segue em mais um dia de forte queda (-2,07%), de olho nos números que indicam uma China mais fraca e também no governo chinês, que ameaça aumentar a regulação e interferência estatal neste mercado.
 
 
• Futuros do S&P 500: -0,15%
• Futuros do Nasdaq: -0,17%
• Futuros do Dow Jones: -0,12%
 às 8h01
 
 
Light (LIGT3) desiste de recuperação judicial
Em maio, a Light anunciou o pedido de recuperação judicial, para lidar com dívidas que somavam R$ 11 bilhões (causadas, em grande parte, por furtos de energia).
 
O complicado é que, por ser uma concessionária de serviço público, a empresa não pode pedir uma mãozinha à Justiça para equilibrar as contas. Por isso, decidiu fazer o pedido por meio de sua holding que abastece parte do RJ.
 
A gambiarra desagradou associações do setor, investidores e credores, que se uniram para rejeitar o plano. E deu certo: esta semana, a empresa decidiu oficialmente desistir da polêmica recuperação.

O novo plano para tentar reerguer a companhia foi aprovado nesta terça-feira (5). A ideia é fechar acordo com os principais credores, e abrir mão da holding que usaram para fazer a recuperação inicialmente. Na quarta, a LIGT3 fechou em queda de 8,79%, cotada a R$ 5,60.
 
 
22h30 - China: Dados de inflação ao consumidor (CPI) e ao produtor (PPI) de agosto
 
 
 
• Índice europeu (Euro Stoxx 50): -0,20%
• Londres (FTSE 100): -0,12%
• Frankfurt (Dax): -0,39%
• Paris (CAC): -0,03%
*às 8h02
 
 
• Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,49%
• Hong Kong (Hang Seng): bolsa fechada
• Bolsa de Tóquio (Nikkei): -1,16%
 
 
Brent*: -0,54%, a US$ 90,41%
Minério de ferro: -2,07% a US$ 112,81 por tonelada na bolsa de Dalian (China)
**às 08h10
 
 
Super-ricos e a gestão patrimonial
Um levantamento da Bain Consultoria estima que, até 2030, o crescimento da riqueza mundial será de US$ 100 trilhões. Grana essa que, diga-se de passagem, precisa ser muito bem administrada.

Por essa razão, o setor de gestão de patrimônio está bombando no mundo todo. Durante décadas, esse foi um serviço de nicho. Agora, é o futuro da indústria. Esta reportagem da The Economist fala sobre o crescente hype da gestão patrimonial, e tenta responder a pergunta: quais empresas conseguirão fornecer o melhor serviço e levar o prêmio trilionário?

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