OLHAR APURADO | VIOLÊNCIA FÍSICA E VIRTUAL CONTRA A MULHER, O FILME DA BARBIE E MAIS

 

Hannah Wilkinson, da Nova Zelândia, marcou o gol inaugural da Copa. No Brasil, a comemoração azedou

Fiona Goodall - FIFA/FIFA via Getty Images

Hoje foram liberados os dados do 17º Anuário de Segurança Pública, com dados de 2022. São muitos dados, que renderam muitas reportagens no UOL (esta é um bom lugar para começar). Faço aqui um recorte específico, da violência contra a mulher: no ano passado, o Brasil registrou número recorde de estupros, com 205 por dia. O programa Sem Filtro, com Camila Brandalise, Cris Guterres e Cris Fibe, se debruça sobre o estupro marital, que ocorre a cada 40 minutos no país. Na sua coluna, Milly Lacombe faz uma constatação tenebrosa: "Ser mulher é compreender que o lugar menos seguro do mundo é a nossa casa". E Madeleine Lacsko analisa mecanismos políticos e de poder que possibilitam a perpetuação desse cenário. Mas hoje foi dia de celebrar as conquistas femininas, com a estreia da Copa do Mundo. Um espetáculo bonito, que vai ganhando relevância por mérito próprio. Só que não foi (só) isso: a CazéTV, que transmitia o evento, foi inundada por mensagens de homens que acordam cedo para xingar mulheres na internet. Alicia Klein, aqui, Juca Kfouri, aqui, e Casagrande, aqui, lamentam. É desanimador, mas preciso encerrar com a palavras de Klein: "A Copa do Mundo das mulheres começou e eles que lutem para engolir o nosso sucesso". Sem Filtro: Brasil tem 1 estupro marital a cada 40 minutos: 'Me calava com travesseiro' Milly Lacombe: Ser mulher é compreender que o lugar menos seguro do mundo é a nossa casa Madeleine Lacsko: Violência contra a mulher é exemplo que vem de cima Alicia Klein: A Copa do Mundo começou: uma mensagem aos machistas que já saíram da toca Casagrande: Ataques machistas não irão diminuir a conquista das mulheres no futebol Juca Kfouri: A disputa paralela na Copa do Mundo das mulheres

	Ryan Gosling e Margot Robbie em 'Barbie' Divulgação

Filme da Barbie estreia; você vestiu rosa hoje?

A estreia do filme da Barbie é um dos fatos culturais que mais movimentaram emoções neste ano. Aqui no UOL, pelo menos, a Redação, geralmente sóbria, estava salpicada de pontos cor-de-rosa. O que não quer dizer que a gente deixe de exercer a crítica e análise. Roberto Sadovski avalia: "Colorido e com grandes ideias, 'Barbie' só derrapa na própria ambição". E Chico Barney achou o filme "gracioso, relevante e muito divertido", mas alerta: "É uma comédia em que o capitalismo é quem ri de você". Para entender, só lendo a coluna. Roberto Sadovski: Colorido e com grandes ideias, 'Barbie' só derrapa na própria ambição Chico Barney: Filme da Barbie é uma comédia onde o capitalismo é quem ri de você Outros olhares Blog do Perrone Tuma Jr. fala em "golpe" no Corinthians para barrar candidato de oposição Danilo Lavieri Por que vendas como a de Newerton, do São Paulo, são rotina no Brasil Juliana Dal Piva Deputados pedem que PGR investigue empresa de Eduardo Bolsonaro Chico Alves Maduro não é democrata, mas muitos de seus opositores também não são Julio Gomes Com a mão no Brasileiro, Botafogo não pode ser distraído pela Sul-Americana Josias de Souza Com vida própria, língua de Lula fornece material para a oposição