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ABERTURA DE MERCADO
 
Fortes resultados da Apple fazem Wall Street acordar de bom humor, enquanto ações de bancos regionais por lá apresentam tímida recuperação.
 
 
Por Bruno Carbinatto e Camila Barros
 
 
Bom dia!
 
Logo mais, às 9h30, sai o payroll, relatório oficial de empregos dos EUA. Esse dado é o mais importante para medir a força do mercado de trabalho por lá e acompanhado de perto por investidores que tentam descobrir os próximos passos do Fed.
 
Agora, com o banco central americano sinalizando pela primeira vez uma pausa nas altas dos juros, o relatório ganha ainda mais relevância – um mercado de trabalho muito aquecido significa um desafio para o Fed, porque significa mais inflação. A previsão dos analistas é de criação de 185 mil empregos nos EUA, abaixo de março (236 mil), e uma tímida alta na taxa de desemprego, de 3,5% para 3,6%.
 
Para além da novela dos juros, o mercado acompanha também uma reviravolta na crise bancária, que voltou a afetar o país essa semana e fez as bolsas americanas fecharem no vermelho ontem. Depois da falência do First Republic, investidores temem que outros bancos regionais possam quebrar com o pânico causado com a quebra do SVB, ainda em março, que levou muitos clientes a sacar suas economias dos bancos regionais. Explicamos como os bancos quebram na nossa reportagem de capa.
 
Hoje, no pre-market, ações dos bancos regionais que protagonizam essa nova fase da turbulência mostram uma tímida recuperação: o PacWest sobe quase 20%, depois de desabar chocantes 50% ontem; o Western Alliance sobe 10% após o tombo de 38% da quinta-feira.
 
Wall Street como um todo está otimista nesta manhã, vide os futuros. Os resultados da Apple, maior empresa em valor de mercado do mundo, ajudam a manter o bom humor; os números da gigante, divulgados ontem após o fechamento, surpreenderam analistas ontem.
 
As vendas totais caíram 2,5%, é verdade, mas todo mundo esperava um tombo ainda maior; as vendas de iPhone, especificamente, subiram 1,5%, uma grata surpresa. As receitas somaram US$ 94,8 bi, acima dos US$ 92,6 bi esperados pelas previsões.
 
Mais: na contramão de outras big techs, a Apple anunciou que não planeja demissões em massa. As ações da maçã sobem 2% no pre-market.
 
Bons negócios.

 
 
 
• Futuros do S&P 500: 0,57%
• Futuros do Dow Jones: 0,42%
• Futuros do Nasdaq: 0,60%
 *às 8h05
 
 
GPA divulga prejuízo, mas ações sobem
No balanço divulgado na noite de quarta-feira, o GPA reportou um prejuízo líquido de R$ 248 milhões – contra lucro de R$ 1,4 bilhão um ano antes. Esse valor inclui ativos que a empresa está se desfazendo, como os hipermercados Extra e a varejista colombiana Grupo Éxito. Desconsiderando esses segmentos, o prejuízo do GPA sobe para R$ 269 milhões – 245% a mais do que no primeiro trimestre de 2022, quando a perda foi de R$ 78 milhões.
 
Ontem, o CEO da companhia, Marcelo Pimentel, tentou tranquilizar os investidores. Em uma videoconferência com analistas, ele disse que o grupo seguirá cortando custos operacionais, e que até o fim do segundo trimestre a empresa terá renegociado melhores condições comerciais com seus fornecedores.
 
Funcionou: as ações PCAR3 fecharam em alta de 6,67%, a R$ 15,03 – mas isso depois de cair 6,36% ao longo da semana.
 
 
 
9h30 Departamento do Trabalho dos EUA divulga payroll de abril
 
 
• Índice europeu (EuroStoxx 50): 0,36%
• Bolsa de Londres (FTSE 100): 0,23%
• Bolsa de Frankfurt (Dax): 0,66%
• Bolsa de Paris (CAC): 0,45%
*às 8h06
 
 
• Índice chinês CSI 300 (Xangai e Shenzhen): -0,33%
• Bolsa de Tóquio (Nikkei): feriado, sem pregão
• Hong Kong (Hang Seng): 0,50%
 
 
• Brent*: 2,44%, a US$ 74,27
• Minério de ferro: -0,99% cotado a US$ 100,93 por tonelada na bolsa de Dalian (China
*às 8h08
 
 
Amazon, a gigante do mercado literário brasileiro
Segundo estimativas da SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo), a filial brasileira da Amazon vendeu R$ 3,8 bilhões em 2021 – último ano com dados disponíveis. Quando consideradas as vendas de terceiros no marketplace, o montante sobe para R$ 10 bilhões. Ainda é pouco quando comparado aos líderes do varejo eletrônico brasileiro: o Mercado Livre vendeu R$ 68 bilhões na mesma época, e a Magalu, R$ 39,8 bilhões.
 
Mas quando o assunto é mercado literário, a empresa de Jeff Bezos deixa qualquer concorrente no chinelo. Ainda em 2019, dados mostravam que a companhia concentrava 50% das vendas de livros online, e 80% da venda de e-books. Donos de livrarias acusam a multinacional de práticas anticompetitivas, e cobram uma legislação para barrá-la. Esta reportagem da BBC conta como a Amazon dominou o mercado literário brasileiro em menos de uma década.
 
Colosso JP Morgan
Com valor de mercado de US$ 390 bilhões e quase US$ 3,7 trilhões em ativos, o JPMorgan Chase é o maior banco dos Estados Unidos. E ele tem ficado ainda maior ao longo dos anos, com um histórico de comprar outras instituições financeiras em apuros. Nas últimas décadas, ele incorporou bancos como Bear Stearns, Bank One, Chase Manhattan e o Washington Mutual (que colapsou em 2008 e até hoje protagoniza a maior falência bancária da história dos EUA). Sua mais nova aquisição é o recém-falido First Republic Bank, em um acordo com reguladores americanos para evitar uma crise bancária generalizada. Este artigo da Bloomberg argumenta que o JPMorgan Chase é, hoje, tão grande que até o governo americano depende dele.
 
 
Antes da abertura: BTG Pactual

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