O mercado aguarda ansiosamente a fala do presidente do Fed, Jerome Powell, no Congresso americano. As explicações do economista para a política monetária dos EUA se iniciam hoje, às 12h, no Senado, e continuam amanhã na Câmara.
Este é o último compromisso público antes da próxima reunião do Fed, em 22 de março. A expectativa é que o banco eleve a taxa básica de juros do país de 4,75% para 5%.
Apesar da inflação por lá estar desacelerando aos poucos, ela segue elevada (6,4%) e bem longe da meta (2%), dada a força da economia americana. O país segue com baixo índice de desemprego (3,4%) e bons indicadores de atividade econômica, o que força o Fed a continuar subindo juros.
O que investidores esperam conseguir decifrar no discurso de Powell é qual será o ritmo das novas elevações e onde elas devem parar.
China
O ministro de relações exteriores da China, Qin Gang, foi duro ao falar sobre os EUA nesta terça. Segundo ele, o governo Biden está praticando um “novo macartismo”.
"Se os Estados Unidos não pisarem no freio, mas continuarem acelerando no caminho errado, nenhuma barreira poderá impedir o descarrilamento e certamente haverá conflito e confronto. Quem arcará com as consequências? Tal competição é uma aposta imprudente”, disse Qin.
Esta foi a primeira entrevista coletiva do ministro empossado no final de 2022, depois de servir como embaixador da China nos EUA.
Ele criticou a derrubada do balão chinês que sobrevoava os EUA. Segundo Pequim, o veículo estava apenas coletando dados climáticos. Para Washington, era espionagem. Além disso, o governo chinês critica a aproximação dos americanos com Taiwan, que consideram fazer parte do seu território. Já os EUA são contrários à relação da China com a Rússia, que foi inclusive elogiada por Qin.
As declarações polêmicas acompanham a divulgação de dados de exportação da China. A balança do país teve queda anual menor do que se esperava (-9%) no primeiro bimestre de 2023, de 6,8%. Já as importações caíram 10,2%, bem mais que o previsto (-5,1%).
O gigante asiático ainda cresce, mas bem menos do que gostaria. No final de semana, a
China anunciou que sua meta de crescimento em 2023 será de 5%, o menor avanço esperado em mais de 30 anos. No ano passado, o alvo era de 5,5%, mas a adoção e política de Covid zero levou a um crescimento ainda pior (para os padrões chineses), de 3%.
Um agravamento da guerra comercial com os EUA poderia desacelerar ainda mais ambas as economias, ou seja, a economia global.
Resta torcer para que os ânimos esfriem mais que a atividade econômica.
Bons negócios!
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