Se investidores tivessem a opção, apertariam o botão “pular abertura” da semana e iriam direto para a quarta-feira. É quando o Fed (o BC americano) divulgará a nova taxa de juros dos Estados Unidos. A falta de paciência tem motivo. As bolsas de valores estão sangrando desde a terça passada. Foi quando dados oficiais mostraram que a inflação americana ainda não está baixando, ao menos não como o esperado. Ela fechou 12 meses até agosto em 8,3%, acima dos 8,1% estimados pelo mercado e com sinais de aceleração. Quem caiu foi o combustível, o resto continuou avançando. Significa que a inflação se enredou na economia e é provável que seja preciso juros mais altos e por mais tempo para conseguir baixá-la para a meta de 2% ao ano. Daí que uma parte dos investidores começar a apostar que, nesta quarta, os juros poderiam subir 1 ponto percentual nos EUA. Eles são a exceção, mas decidiram brincar de “maioria ruidosa” desde a semana passada. O consenso ainda é de que o Fed subirá a “Selic” dos EUA em 0,75 p.p., levando a taxa a para a banda de 3% a 3,25%. Ainda assim, é pesado. A última vez que a taxa esteve nesse patamar foi na crise de 2008. Pois é. A segunda começa na toada de crise. As bolsas asiáticas fecharam no vermelho, o mesmo sinal da Europa. E nos EUA, os futuros indicam que Wall Street continuará a sangrar. As baixas rondam 1% nesta manhã, uma queda bastante brusca para o mercado futuro. Péssima notícia para a B3, que deve ir na mesma direção. O clima fúnebre derruba os preços do petróleo e do minério de ferro nesta manhã. Aqui, investidores aguardam a super quarta. Além do Fed, sairá a decisão do BC brasileiro para a Selic. Aqui, a inflação em 12 meses caiu para 8,73%, após deflação de 0,36% em agosto. Aí o mercado está apostando que o ajuste final que levaria a Selic a 14% ao ano não deve ocorrer. Será preciso acompanhar até quarta para saber. Bons negócios. |
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