UOL NAS ELEIÇÕES 2022
A dois meses da eleição, Bolsonaro ainda tem chances de vencer? |
A exatos dois meses das eleições, a pergunta que os brasileiros mais repetem é: ainda dá para Jair Bolsonaro (PL) vencer nas urnas? Formulada de outro modo, ela seria: Lula (PT) já pode se considerar eleito? A julgar pelo comportamento do próprio presidente, que insiste em tumultuar o processo eleitoral, muito provavelmente em busca de pretextos para virar a mesa em caso de derrota, as respostas são desfavoráveis para o atual mandatário. Conforme mostra o Agregador de Pesquisas do UOL, Bolsonaro come poeira atrás de Lula, rodada após rodada dos mais importantes levantamentos. Ou seja, o prazo para uma reação vai se encurtando e, como consequência, aumentando a expectativa para a fase decisiva da campanha, que começa oficialmente nos próximos dias. Segundo pesquisadores, políticos, estudiosos do comportamento do eleitor e especialistas em marketing eleitoral, ainda é cedo para decretar que a eleição está decidida, mas Bolsonaro terá de fazer uma campanha quase irretocável porque, além da desvantagem nas pesquisas, também perde para o petista nas articulações para a formação dos palanques nos estados. A favor do presidente, no entanto, muitos apontam a enorme resiliência dele. Mesmo sob forte reação da sociedade civil, com a Carta pela Democracia, a seus ataques às instituições, ao sistema eleitoral e à democracia, ele vem demonstrando estabilidade nas pesquisas. Abaixo, os principais fatores que deixam a disputa aberta neste início de campanha e como eles podem alterar o cenário atual:
Se fizer tudo isso dar certo de maneira impecável, Bolsonaro deverá levar a eleição para o segundo turno, a fase decisiva em que os tempos de televisão e rádio são divididos ao meio entre os candidatos e a polarização, já muito estabelecida neste momento, deverá se intensificar ainda mais, o que pode favorecer as estratégias radicas e truculentas do presidente. Não é uma missão simples. Até porque, Bolsonaro não joga sozinho, pelo contrário. Contra ele, há um adversário experiente, de um partido estruturado e que começa a encaixar seu discurso de que as eleições serão um plebiscito entre quem quer democracia e que não quer, como Lula disse em recente entrevista ao UOL. **** NA NEWSLETTER PRA COMEÇAR O DIA |
O que mais você precisa saber |
PL DIVIDIDO EM SP Dos 518 prefeitos que participaram da convenção que homologou Rodrigo Garcia (PSDB) candidato à reeleição para o governo de São Paulo, 35 eram do PL, o partido do presidente Jair Bolsonaro. Com o ginásio do Ibirapuera lotado, na capital paulista, o evento do sábado (30) teve ares de convenções americanas, com painéis em LED e palco pequeno no meio do público. A campanha totalizou 139 vans, 168 ônibus, 518 prefeitos e mais de 2 mil vereadores presentes. Os presidentes dos dez partidos da aliança também estavam presentes. A campanha estima em 15 mil pessoas no evento. NOVO CONTRA A DEMAGOGIA O Partido Novo homologou a candidatura do cientista político Luiz Felipe d'Avila a presidente. Em linhas gerais, o tom da campanha dele ao Planalto será de combate ao "populismo", de direita e de esquerda. Jair Bolsonaro e Lula serão apontados como dois demagogos que precisam ser combatidos. Também será incluída entre os pilares da campanha a defesa das instituições. |
Nenhum comentário:
Postar um comentário