CORONAVÍRUS | AS PRINCIPAIS INFORMAÇÕES SOBRE O IMPACTO DA PANDEMIA NO BRASIL

Até o momento, a pandemia do novo coronavírus já deixou 13.113.181 contaminados e 573.288 mortos no mundo. No Brasil são 1.884.967 contaminados e 72.833 mortos. Os números são da Universidade Johns Hopkins.

BONS INDÍCIOS
Primeiro epicentro da Covid-19 no Brasil, a cidade de São Paulo tem apresentado dados que indicam um importante passo na luta contra a pandemia. Como mostra levantamento feito por VEJA , a média de novos casos diários da doença caiu nos últimos sete dias na comparação com o período anterior e passou de 2.197 para 1.644 infectados, um recuo de 25%. Já o ritmo de mortes se manteve estável na metrópole. O Rio de Janeiro também registrou melhoras, uma vez que a taxa de óbitos e infectados diminuiu  em meio à flexibilização do isolamento. Na segunda semana de junho, por exemplo, houve queda de 36,2% dos índices em comparação à semana anterior.
 


TESTES DA VACINA
O Instituto Butantan iniciou o recrutamento de voluntários para a terceira fase de testes da vacina contra a Covid-19 que está sendo desenvolvida pela farmacêutica chinesa Sinovac. Podem se inscrever profissionais de saúde de diversas regiões do país que estejam na ativa e não tenham contraído a doença. O governo de São Paulo estima que o antídoto começará a ser aplicado no dia 20 de julho em 9.000 pessoas. A CoronaVac usa uma versão do vírus inativado, tecnologia mais tradicional na criação de vacinas. Este é o segundo imunizante que será avaliado no país. Em junho, começaram os testes com a vacina da Universidade de Oxford.


A DOENÇA AVANÇA NO SUL
Levantamento feito por VEJA para identificar a média móvel semanal de casos e mortes no país por Covid-19 mostra que a Região Sul é uma das que mais sofrem com a doença no momento. Enquanto o Norte já apresenta uma considerável queda e o Sudeste se mostra estável, a média diária de casos no Sul subiu consideravelmente desde meados de junho e está em 4.008 atualmente. O índice de mortes também está em alta e atingiu seu pior patamar, de 88 óbitos, nas últimas 24 horas. A média móvel semanal é calculada a partir da soma do número de casos e mortes nos últimos sete dias, dividida por sete e comparada com as últimas semanas. O valor dá uma noção mais ampla do aumento ou diminuição do contágio.


RETRATO DA DESIGUALDADE
Entre meados de março e fim de junho, o Brasil registrou um aumento de 13% no total geral de mortes por causas naturais na comparação com o mesmo período de 2019, mas a distribuição foi desigual entre a população. Segundo o Radar , enquanto o número de óbitos entre brancos foi 9,3% maior, entre os pretos o aumento foi de 31,1% e entre os pardos, de 31,4%. Na população indígena, o crescimento foi de 13,2% e entre os amarelos houve variação de 15,3% para cima. Os dados estão em um novo módulo do Portal da Transparência e têm como base registros de óbitos dos cartórios. Pretos e partos também lideram o crescimento em mortes por doenças respiratórias.


O PRESIDENTE E A MÁSCARA
O advogado Victor Neiva recorreu ao Tribunal Regional Federal da 1ª Região para que a decisão da desembargadora Daniele Maranhão Costa que desobrigou Jair Bolsonaro a usar máscara seja revogada . Para Neiva, houve ilegalidade na decisão e o ato foi praticado para "legitimar que o maior líder da nação promova o contágio e comprometa medidas de controle da maior pandemia de nossa história". O advogado é o autor da ação inicial que chegou a obrigar o presidente a usar máscara. Apesar de recomendado e, em muitos casos, obrigatório, o equipamento tem sido ignorado por alguns integrantes do governo. O chefe da Abin, Alexandre Ramagem, foi flagrado
recentemente sem o item em um bar de Brasília. Mau exemplo.


O RISCO DA OBESIDADE
Resultados preliminares de experimentos conduzidos na Universidade Estadual de Campinas indicam que o novo coronavírus pode ser capaz de infectar as células que estocam a gordura corporal e se manter em seu interior. Como mostra matéria de VEJA Saúde , este dado poderia ajudar a entender o motivo de indivíduos com obesidade correrem mais risco de desenvolver a forma grave da Covid-19. Coordenador da pesquisa, o professor Marcelo Mori ressalta que ainda é preciso "confirmar se, após a replicação, o vírus consegue sair da célula de gordura de forma viável para infectar outras células". Cabe reforçar que o estudo ainda não é definitivo.

Fonte: Redação de VEJA

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