SENADO APROVA EM PRIMEIRO TURNO NOVAS DATAS DAS ELEIÇÕES DESTE ANO: 15 E 29 DE NOVEMBRO
Sessão remota do Senado, nesta terça-feira |
A proposta ainda
precisa passar pela Câmara dos Deputados
O Senado
aprovou em primeiro turno, por 67 votos a 8, na tarde desta quarta-feira (23),
o adiamento das eleições municipais para prefeitos e vereadores em 2020. A
proposta ainda precisa passar por uma nova votação, que exige a aprovação de
pelo menos 49 senadores.
A votação
teve duas abstenções.
O relatório
final da proposta de emenda à Constituição (PEC) que prevê o adiamento das
eleições municipais deste ano definiu os dias 15 e 29 de novembro para sua
realização por causa da pandemia do coronavírus. As datas ainda podem ser
alteradas na apreciação das emendas ao projeto.
O senador
Weverton Rocha (PDT-MA), relator da proposta, entregou o relatório na manhã
desta terça-feira (23).
Oficialmente,
o calendário atual estabelece o primeiro e o segundo turnos, respectivamente,
nos dias 4 e 25 de outubro. O relatório também adiou as convenções partidárias
para definição de candidatos para as datas entre 31 de agosto e 17 de setembro.
O relatório
não acatou a sugestão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para que o segundo
turno ocorra em dezembro.
Impasse:
Senado e Câmara
Apesar de já
haver consenso no Senado sobre o adiamento das eleições municipais, na Câmara o
assunto ainda encontra resistência. O impasse entre as duas Casas impediu a
formação de uma comissão mista de deputados e senadores para estudar o
adiamento.
Para passar
na Câmara, a proposta precisa ser aprovada pelo plenário em dois turnos e obter
o apoio de pelo menos três quintos dos deputados (308 votos).
Em reunião
realizada com os senadores na segunda, o presidente do Tribunal Superior
Eleitoral (TSE), Luis Roberto Barroso, pediu para que o relatório trouxesse o
que chamou de “válvula de escape”, em casos de municípios onde haja um aumento
de casos de contágio do coronavírus e necessitem protelar um pouco mais as
eleições. Seria uma possibilidade de estender, dentro de 2020, o prazo
eleitoral.
Segundo o
relator, esse tema estará contemplado no relatório. Com isso, em alguns
municípios, as eleições poderão ser realizadas até o dia 27 de dezembro.
O ministro
também defendeu uma eventual anistia de multas, mas ponderou que deve haver o
“trabalho” do eleitor para justificar sua ausência durante a votação. Segundo
Barroso, a proposta do TSE de adiamento é com “base estritamente na opinião
médico-científica”.
Barroso
defendeu ainda aos senadores que haja uma ampliação no tempo da campanha
eleitoral deste ano, o que, segundo o ministro, não deverá trazer dificuldades.
Com a
manutenção da data para a realização das convenções partidárias — entre os dias 20 de julho e 5 de agosto
— e para o registro de candidaturas —
entre 5 de agosto e 15 de agosto — a
campanha seria estendida por quase dois meses, em caráter excepcional. A medida
facilitaria o julgamento dos registros de candidaturas pela Justiça Eleitoral.
Fonte/Foto: com informações do
Jornal Zero Hora (RS)/Agência Senado
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