PRINCIPAIS INFORMAÇÕES SOBRE A PANDEMIA NO BRASIL

Até o momento, a pandemia do novo coronavírus já deixou 7.136.366 contaminados e 406.913 mortos no mundo. No Brasil são 707.412 contaminados e 37.134 mortos.

AFOGANDO EM NÚMEROS
Depois das desastradas investidas do governo para mudar o método de divulgação dos dados da Covid-19 em pleno auge da pandemia, Alexandre de Moraes determinou que o Ministério da Saúde volte a incluir os números acumulados nos boletins. Na decisão, o ministro do STF afirmou que o desafio da crise sanitária "não pode ser minimizado". A repercussão negativa também fez a pasta voltar a anunciar o balanço mais cedo, às 18h. Além disso, o general Eduardo Pazuello, interino da Saúde, foi convidado a dar explicações na Câmara sobre o caso. Segundo o ministério, os dados divergentes que saíram no mesmo dia teriam sido provocados por "duplicações" nas informações das secretarias. A falta de transparência deixou um clima de medo e perseguição  entre os técnicos da pasta.
 

LOCKDOWN DESCARTADO
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas, descartou a possibilidade de fechar a cidade para tentar diminuir o contágio da Covid-19. Na fase 2 da abertura gradual iniciada na última semana, a capital paulista estipulou protocolos de segurança para reabrir cada setor. Segundo Covas, a intenção é garantir que a flexibilização não ocorra "de qualquer forma". Já no Rio de Janeiro, a Justiça suspendeu decretos emitidos pela prefeitura da capital e pelo governo do estado que flexibilizavam regras de isolamento. Segundo a decisão, nem Marcelo Crivella e nem Wilson Witzel apresentaram estudos técnicos que justificassem a reabertura de alguns estabelecimentos. Na quarta, haverá uma audiência virtual para discutir as regras de flexibilização.

EUFORIA NO MERCADO
O mercado financeiro iniciou a segunda semana de junho de bom humor com a reabertura das economias ao redor do mundo. O dólar voltou a cair frente ao real e fechou a 4,85, com recuo de 2,66%, renovando a mínima em doze semanas. O Ibovespa fechou em alta pelo sétimo pregão consecutivo, a 97.644,67 pontos, um acréscimo de 3,18%. Esta é a maior sequência de ganhos em dois anos. Além da flexibilização do isolamento, o ambiente de ampla liquidez global, com a injeção de trilhões de dólares por parte das autoridades monetárias ao redor do mundo, e taxas de juros em mínimas recordes influenciaram na melhora da bolsa. A expectativa do mercado agora é o retorno ao patamar dos 100 mil pontos.

TRAGÉDIA NO AMAZONAS
O estado do Amazonas deverá figurar, em pouco tempo, no topo do ranking mundial da pandemia, com uma mortalidade superior à da registrada na Espanha e na Itália. Com a segunda posição no quadro de estados com maior porcentual de miseráveis no Brasil e a imensa maioria dos índios, negros e pardos abaixo da linha da pobreza, o Amazonas tem um cenário perfeito para uma tragédia sanitária, já que muitos não podem cumprir o isolamento social. Além disso, os 222 dos 463 leitos de UTI do estado reservados para casos de Covid-19 foram 100% ocupados algumas vezes desde o início do surto e o índice de mortes em domicílio aumentou 146% entre março e abril. Dados que mostram a gravidade da situação.

TESTES: ONDE FAZER
Com a chegada de novos lotes de testes ao país, o trabalho de startups de saúde e métodos inovadores desenvolvidos por hospitais e laboratórios, a capacidade de exames para Covid-19 no Brasil aumentou. A maioria das capitais do país e cidades com grande população realizam os testes, seja o sorológico, para detectar os anticorpos da doença, ou o molecular (RT-PCR), que detecta o vírus nos primeiros dias de infecção. Os preços variam de cidade para cidade. O mais barato, entre os selecionados por VEJA, custa 140 reais e o mais caro, 417,80 reais. Em todos os locais, para evitar aglomeração, é necessário agendamento. Mas lembre-se: ao apresentar qualquer sintoma, o ideal é procurar atendimento médico.

VIDAS SALVAS PELO ISOLAMENTO
Dois estudos publicados recentemente concluíram que os bloqueios nacionais e as medidas de isolamento social salvaram milhões de vidas . Segundo pesquisa do Imperial College London, 3,1 milhões de mortes foram evitadas com as restrições. Já uma levantamento da Universidade da Califórnia estimou que mais de 530 milhões de pessoas deixaram de se infectar devido à quarentena. Para um pesquisador do Imperial College, se todas as precauções forem abandonadas, o risco de uma segunda onda "é muito real". Um dos autores do estudo americano, por sua vez, afirmou que, sem as políticas de isolamento, "os meses de abril e maio teriam sido muito diferentes" nos países analisados.

E OS ASSINTOMÁTICOS?
A chefe do departamento de doenças emergentes da Organização Mundial da Saúde (OMS) afirmou que a propagação de Covid-19 a partir de assintomáticos – ou seja, pacientes que têm o vírus, mas não apresentam sintomas da doença – é "muito rara". Segundo a infectologista Maria Van Kerkhove, essas pessoas possuem pouco potencial para contaminar indivíduos saudáveis. Ainda assim, a especialista orienta que esses pacientes sejam cuidadosamente analisados para uma melhor compreensão sobre a transmissão do coronavírus. Kerkhove diz ainda ser necessário traçar todos os contatos que pessoas que desenvolveram a doença tiveram com outras para que os estudos sejam aprofundados.

Fonte: Redação de VEJA

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