POLÍTICA | ELEIÇÕES PODEM SER SUPLEMENTARES EM MUNICÍPIOS AFETADOS PELO COVID-19. ENTENDA
Na prática, as
regiões que não tivessem condições de realizar o pleito na data marcada,
poderiam determinar novo dia para escolher prefeitos e vereadores
Em entrevista ao
Brasil 61, o senador Weverton (PDT-MA) — relator da PEC (Proposta de Emenda à
Constituição) que adia as eleições municipais — afirmou que vai incluir no
texto a possibilidade de eleições suplementares nas cidades que não
apresentarem condições sanitárias seguras para realizar o pleito.
Na prática, o senador
quer permitir que as regiões que estiverem com alta propagação da Covid-19 na
época das eleições, possam adiar a votação. “No meu relatório, estou criando um
gatilho para que o TSE e o Congresso Nacional possam realizar eleições
suplementares em regiões que, porventura, tenham uma volta do pico ou percam as
condições de ter uma eleição por conta das orientações das autoridades
sanitárias”, afirmou nesta segunda-feira (22).
15 de novembro
A PEC da qual
Weverton é o relator é de autoria de Randolfe Rodrigues (Rede-AP). O texto
inicial prevê o adiamento do primeiro turno das eleições para prefeitos e
vereadores de 4 de outubro para 6 de dezembro. Já o segundo turno, passaria de
25 de outubro para 20 de dezembro.
No entanto, o senador
Weverton afirmou que o substitutivo que vai apresentar aos senadores indica as
datas de 15 de novembro e 29 de novembro para realização do pleito. A
expectativa é de que os Senado vote a PEC, em primeiro e segundo turno, nesta
terça-feira (23).
“A ideia é o primeiro
turno ficar para o dia 15 de novembro e repito: dez dias antes poderá ser
provocado no âmbito municipal, o TRE eleitoral pedir autorização ao TSE para
que prorrogue, uma eleição suplementar, em determinada região ou cidade de um
estado”, detalhou.
Fora de questão
O senador também
afirmou ao Brasil 61 que a prorrogação dos atuais mandatos está fora de
questão. Segundo Weverton, a PEC vai se limitar a discutir a nova data das
eleições. “Além de ser inconstitucional, não há essa brecha dentro do
ordenamento jurídico para que a gente possa mudar essa regra e de forma tão
dura e direta como essa, sem discutir antes”, rechaçou.
Voto Facultativo
Já em entrevista à TV
Senado, o relator descartou a inclusão de um trecho para permitir o voto
facultativo. A proposta foi sugerida para que idosos e demais grupos de risco
para a Covid-19 não fossem obrigados a votar e não ficassem ainda mais expostos
ao vírus.
Weverton disse que
conversou com especialistas e representantes da sociedade civil e decidiu por
manter o voto obrigatório. Segundo ele, se o comparecimento às urnas for baixo,
há a previsão de que o Congresso anistie quem não votou, perdoando a multa.
Os demais prazos que
fazem parte do calendário eleitoral, como as datas das convenções partidárias,
por exemplo, devem ser adiados em 42 dias.
Fonte/Foto: Felipe Moura - Brasil 61/Agência Brasil
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