ARTE | ABAPORU TEM VERSÃO AMAZÔNICA DE ARTISTA AMAZONENSE, EM CONCURSO NACIONAL

O cocar e a vitória-régia são as sutilezas da artista manauara na obra para o concurso
A artista amazonense Larissa Kanzler, de 13 anos, fez uma versão amazônica de Abaporu, famoso quadro de Tarsila do Amaral. Ela foi desafiada pelo Atelier Luciana Severo Kids (@lucianaseverokids, no Instagram) a participar de concurso nacional de alunos, com versões da obra. A votação é do internauta, que entra no perfil do Instagram e vota na obra preferida.

Larissa
O voto, no perfil da escola no Instagram (lucianaseverokids), é um clique no coração. Larissa está em segundo lugar, com 1.048 votos, atrás de Alice Medauar, de São Paulo (1.224). “Dei um ar amazônico colocando um cocar e tornozeleira indígenas e uma vitória-régia no lugar da flor do cacto!”, explica a manauara.
O artista plástico amazonense Zeca Nascimento comprou a obra.
O atelier é famoso porque junta talentos do País inteiro e participa de visitas e exposições pelo mundo. Só são aceitos aqueles que realmente têm vocação e interesse na arte plástica. Larissa, por exemplo, já expôs numa das salas do Louvre, em Paris, ao lado de artistas mirins de várias partes do planeta.   
Abaporu

O “Abapuru” foi um presente de Tarsila do Amaral ao marido, o escritor Oswald de Andrade, em 1928, seis anos após a Semana de Arte Moderna de São Paulo. O quadro, porém, passou a ser um dos ícones da fase “antropofágica” da arte nacional, um marco do modernismo.
Abapuru é a
mistura de três palavras do tupi-guarani: aba (homem), pora (gente) e ú (comer). Significaria, segundo o poeta Raul Bopp, que o batizou, “homem que come gente”, ou seja, um antropofágico.
A obra foi readquirida por Tarsila junto a Oswald, quando os dois se separaram. Depois, a própria artista a vendeu ao criador do Museu de Arte de São Paulo (Masp), Pietro Maria Bardi. Ela sonhava em ver o quadro integrando o acervo do Masp. Bardi, no entanto, o revendeu ao colecionador Érico Stickel.
Em 1984, entretanto, o galeirista brasileiro Raul Forbes pagou por Abaporu o maior preço de uma pintura brasileira, US$ 250 mil. Em 1995, Forbes vendeu o quadro na famosa casa de leilões Christie’s, em Nova Iorque, por US$ 1,35 milhão, novo recorde brasileiro.
O comprador, o empresário argentino Eduardo Constantini, criou o Museu de Arte Latino-Americana de Buenos Aires e doou todo seu acervo para o local. É onde Abaporu está. O valor de mercado, atualizado, é de R$ 40 milhões.

Fonte/Fotos: Portal Marcos Santos

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