RESUMO DO DIA – EDIÇÃO DA NOITE | QUARTA-FEIRA, 01 DE ABRIL DE 2020



AÇÕES CONTRA A CRISE: "CORONAVOUCHER" AGUARDA SANÇÃO DE BOLSONARO

O governo detalhou hoje os gastos que serão feitos com o intuito de manter empregos durante a crise do coronavírus e financiar ações de saúde em estados e municípios no combate à pandemia. O montante total estimado será de R$ 200 bilhões, o que inclui o auxílio emergencial de R$ 600 a trabalhadores se carteira assinada prejudicados pela crise, medida que tem sido chamada de "coronavoucher". De acordo com o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), o benefício deve ser sancionado até o fim do dia. Ele foi aprovado pelo Congresso na segunda-feira (30).
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo ainda não viabilizou a distribuição do dinheiro a quem precisa porque a medida dependerá da aprovação de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) pelo Congresso. Especialistas em contas públicas consultados pelo UOL, porém, discordam do ministro. Para eles, após a sanção, não será necessário aprovar nenhuma PEC neste momento. Bastará o presidente Jair Bolsonaro editar uma Medida Provisória, que tem vigência imediata.
Entre as propostas dos Senadores para ampliar o pagamento do auxílio emergencial de R$ 600 está a proposta de pagamento de até três salários mínimos (R$ 3.135, em 2020) mensais a trabalhadores com carteira assinada, enquanto durar o estado de calamidade no país. Em contrapartida, os patrões não poderiam demitir esses empregados por 12 meses após o fim do pagamento do auxílio. Se o projeto for alterado na Câmara, volta para o Senado para nova votação, e depois segue para a sanção presidencial, após o que precisará de uma regulamentação do Ministério da Economia para definir as regras para concessão do benefício.
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O País confirmou hoje 240 mortes causadas pela covid-19, 39 a mais que ontem. No total, são 6.836 casos oficiais confirmados no país até agora, segundo o governo — 1.121 diagnósticos em um dia. O número, contudo, tende a crescer bastante nos próximos dias também por conta dos testes realizados. Apenas no estado de São Paulo, há uma fila de 16 mil exames de coronavírus que o estado de São Paulo ainda não conseguiu processar - 201 são de pessoas que já morreram. Para se ter uma ideia da dimensão do número, 201 também é a quantidade de mortes confirmadas no Brasil. Ou seja, para cada pessoa morta no país, há um caso a ser investigado em São Paulo.

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Fonte/Foto: Clarice Cardoso, UOL São Paulo

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