ARQMO CRIA CAMPANHA VIRTUAL PARA ARRECADAR RECURSOS PARA AJUDAR COMUNIDADES QUILOMBOLAS
Produção das cestas |
A campanha foi motivada pela
necessidade de manter as quase 3 mil famílias de quilombolas em suas
comunidades
Na tarde desta sexta-feira, 03 de abril de
2020, a Associação das Comunidades Remanescentes de Quilombos do Município de
Oriximiná (Arqmo) lançou nas plataformas digitais uma campanha virtual visando
arrecadar recurso financeiro para subsidiar a aquisição de 2 mil cestas básicas
que serão doadas às quase 3 mil famílias de quilombolas residentes nas 37
comunidades no município.
De acordo com Rogério Pereira, membro do
conselho da Arqmo, a iniciativa surgiu a partir da constatação que às doações
recebidas via Governo Federal (Fundação Palmares) não beneficiam nem a metade
das famílias existentes nos oito territórios quilombolas. “Nós recebemos
umas mil cestas básicas, e reunimos parceiros para conseguir outros itens para
complementar estas cestas, porém o número ainda é baixo e a alternativa foi
criar essa campanha da Vakinha Virtual”, informou Rogério.
Lançada na tarde desta sexta-feira, com
link https://www.vakinha.com.br/vaquinha/ajuda-humanitariana-para-os-povos-quilombolas-da-amazonia,
a campanha fica no ar até o dia 15 de maio e visa arrecadar recurso para
aquisição de alimentos, materiais de higiene pessoal, medicamentos e
combustível entre outros insumos necessários para manter os quase sete mil
quilombolas em suas comunidades.
Outras iniciativas
Como forma de resguardar a saúde e integridade
dos povos quilombolas, evitando o contágio comunitário, a Arqmo juntamente ao
Ministério Público do Estado, Instituto Chico Mendes de Conservação da
Biodiversidade (ICMBio), Mineração Rio do Norte instalaram um Comitê de
Transporte que orienta e fiscaliza a entrada de embarcações vinda das
comunidades até a sede do município, segundo a recomendação de enfrentamento a
pandemia do novo coronavírus (Covid-19) nos territórios quilombolas Trombetas,
Erepecuru, Água Fria, Ariramba, Boa Vista Trombetas, Alto Trombetas I, Alto
Trombetas II e Cachoeira Porteira.
Além da recomendação do MPPA os povos
quilombolas de Oriximiná também estão resguardados pelos decretos do Governo do
Estado, da Prefeitura Municipal de Oriximiná, Secretaria Municipal de Saúde de
Oriximiná, Fundação Cultural Palmares e Ministério Público Federal (MPF). Entre
as recomendações ficou estabelecido que viagens das comunidades até a sede do
município deverão ser realizada somente uma vez por mês, por no máximo cinco
pessoas, preferencialmente chefes de famílias e apenas uma embarcação por
comunidade.
Fica proibido: o uso de embarcações de
transporte escolar para fins de transporte de passageiros; o transporte e
comercialização de bebidas alcoólicas; o transporte de passageiros em
embarcações de transporte de produtos extrativistas, o transporte de indígenas,
o transporte de idosos, crianças e portadores de doenças crônicas e suspender a
autorização para pesquisadores, missionários das diversas igrejas.
A recomendação trata ainda das orientações
para comunitários que apresentarem sintomas gripais e a comunicação da vinda de
embarcações das comunidades até a cidade, sendo exigida a lista de passageiros.
O controle da entrada de embarcações no município está sob a responsabilidade
das Policiais Civil e Militar do Estado, Vigilância Sanitária e Arqmo.
Fonte/Fotos:
Martha Costa | Assessora de Comunicação
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