BANCÁRIOS PARAENSES PEDEM FECHAMENTO DAS AGÊNCIAS NO ESTADO


Entidade colocou carro de som em Belém, Santarém e Marabá para reforçar campanha pelo isolamento
O Sindicato dos Bancários do Estado do Pará engrossou o coro das entidades de classe nacional pedindo o fechamento das agências bancárias no país durante o pico da pandemia causada pelo novo coronavírus. Segundo a entidade, no estado os bancários estão atendendo a população sem a proteção adequada, acarretando riscos aos profissionais e ao público.  
Esta semana, o sindicato paraense colocou carros de som para dar, à população, orientações sobre o coronavírus. Esse serviço está sendo feito em Belém, Santarém e Marabá. A entidade pede às pessoas que fiquem em casa. Se a pessoa precisar sair, que evite, ao máximo, os espaços de aglomerações, entre os quais as agências bancárias. Se precisar entrar em uma agência bancária, fique por pouco tempo.
A mensagem divulgada pelo carro de som informa quais são os grupos de risco e diz que essas pessoas precisam ficar em suas casas, para evitar que o vírus se espalhe. “Quanto mais nos afastarmos hoje, mais próximos ficaremos daqui a pouco”, afirma a mensagem.
Em Belém, o carro de som circula pelo centro, Castanheira, Senador Lemos e Bernardo Sayão.
200 mil bancários já estão em casa, diz federação
E o Comando Nacional dos Bancários se reuniu, por videoconferência, nesta segunda-feira (23), com a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) para discutir o funcionamento do trabalho nos estabelecimentos bancários e as medidas a serem tomadas para resguardar a saúde da categoria, dos clientes e usuários dos bancos, em decorrência da pandemia causada pelo novo coronavírus (covid-19).
No início da reunião o Comando fez um balanço da semana, expôs os riscos da pandemia e colocou as reivindicações da categoria. A Fenaban informou que cerca de 200 mil bancários e bancárias já estão em home office e caminha pra aumentar. Uma das principais reivindicações da categoria foi para que os bancos mantenham apenas as atividades consideradas essenciais pelo decreto 10.282/2020, que, no setor financeiro, são: "compensação bancária, redes de cartões de crédito e débito, caixas bancários eletrônicos e outros serviços não presenciais de instituições financeiras” e o atendimento casos de extrema necessidade, à exemplo do idoso que não tem como usar outro meio e o serviço do qual dependa à sobrevivência do cidadão, sejam realizados somente mediante agendamento prévio para preservar os clientes bem como os trabalhadores“
Apenas o contingenciamento não está sendo suficiente. Mesmo assim, ele não está sendo adotado por todos os bancos e os que adotam não o fazem da mesma forma. Semana passada houve um grande movimento nas agências. Acaba que as pessoas não sabem o que devem fazer. Vão aos bancos sem que, neste momento, seja necessário”, observou a presidenta da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Juvandia Moreira, que é uma das coordenadoras do Comando Nacional dos Bancários.
O movimento sindical também reivindicou o fechamento das agências e demais unidades bancárias para se realizar apenas o atendimento presencial dos casos de extrema necessidade e com agendamento; redução da jornada para os que tiverem que ir ao local de trabalho; garantia de deslocamento seguro para os que tiverem que fazer o atendimento não presencial, a manutenção e o abastecimento dos caixas de autoatendimento; home office para todos os bancários e bancárias, com exceção de quem terá que ir às agências para dar suporte ao funcionamento dos caixas eletrônicos.
Os bancos alegam que precisam manter as agências em funcionamento para atender, principalmente, os idosos e outras pessoas que não tenham condições de se auto atender, mas vão analisar as reivindicações da categoria e responder o quanto antes.

Fonte/Foto: Dilson Pimentel – O Liberal/Fernando Araújo

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