UMA HECATOMBE! MULHERES CLAMAM POR PROTEÇÃO
Em três anos, 3.200 mulheres foram vítimas de feminicídio no
Brasil, conforme o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, levando em conta
dados de 2016, 2017 e 2018. Já é um número absurdo, mas o pior é que o Conselho
Nacional de Justiça estima que, no mesmo período, mais de três mil outros casos
de feminicídio nem foram notificados. Uma hecatombe. Além de espancadas por
maridos, namorados, noivos e "ex", as mulheres são esfaqueadas,
jogadas de janelas, asfixiadas ou crivadas de balas. Sem contar com os
assassinatos com requintes de perversidade que envolvem estupro e tortura.
No sábado 18, milhares de mulheres fizeram um ato público
em Marituba(PA), município onde foram descobertos psicopatas que roubavam,
estupravam e matavam em série - até agora dez vítimas foram contabilizadas -,
repudiando a violência de gênero e pedindo a reativaçāo do Conselho Municipal
dos Direitos das Mulheres, a Conferência Municipal de Políticas Públicas para
Mulheres, a Coordenadoria Municipal de Políticas Públicas para Mulheres e a
Delegacia da Mulher em Marituba.
De imediato, o atendimento direcionado à mulher será feito em
uma sala na Delegacia de Marituba, até que a Prefeitura viabilize o terreno
para construção de uma delegacia especializada, com efetivo próprio e
capacitado para o serviço, informou o secretário de Estado de Segurança
Pública, Ualame Machado.
Ontem a mobilização aconteceu em Ananindeua(PA). O movimento
está sendo articulado pela Associaçāo Comunitária Nova Jerusalém, Beneficente
de Mulheres de Marituba, Moradores do Residencial Viver Melhor, Moradores do
Residencial Umaris, lideranças comunitárias do Bairro Novo Horizonte,
Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB), Conjunto Beija Flor, Fórum de
Mulheres da Amazônia Paraense (FMAP), Fórum Fora Lixão, Mulheres Sem Medo de
Lutar, Movimento Afrodescendente do Pará (Mocambo), Instituto Maria Teresa,
Instituto Recomeço, Fórum Paraense de Economia Popular Solidária (GPMM), Grupo
de Políticas às Mulheres de Marituba, Movimento Resistência Feminina e
Movimento Juventude em Ação.
Fonte/Foto: Franssinete Florenzano
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