RESUMO DO DIA - EDIÇÃO DA MANHÃ | QUINTA-FEIRA, 28 DE NOVEMBRO DE 2019
ITAMARATY CONTRARIA CONSTITUIÇÃO E PREGA RELIGIÃO COMO
POLÍTICA DE ESTADO
Durante
uma conferência internacional organizada pelo governo de Viktor Orban, na
Hungria, com o objetivo de combater a perseguição sofrida por cristãos pelo
mundo, o embaixador Fabio Mendes Marzano
afirmou ontem que o Brasil apoia a inclusão da fé na política.
Marzano é secretário de Assuntos de Soberania Nacional e Cidadania. A secretaria foi criada em 10 de
janeiro deste ano, após a publicação de um decreto que reformulou o Itamaraty.
O
UOL esteve presente no evento, no qual Marzano apresentou a visão de
mundo do novo Itamaraty, um ano depois da chegada ao poder do governo de Jair Bolsonaro. O
secretário defendeu como política a meta de converter pessoas "que não têm
uma religião" para o cristianismo.
A
proposta de Marzano contraria a Constituição de 1988, que confirma o caráter
laico do Estado. A Constituição também impede que um governo tenha uma relação
de "aliança" com cultos religiosos ou igrejas, salvo no caso de
interesse público.
O
arcebispo Antoine Camilleri, vice-secretário do Vaticano para a Relação com os
Estados vê um "desserviço" na mistura de política e fé. Camilleri
participou da conferência e afirmou que a liberdade de religião é um dos
pilares da diplomacia do papa Francisco e que o sofrimento de cristãos toca o
centro do debate na Santa Sé. Porém, o arcebispo advertiu que existe um risco
de que o novo foco de governos ao lidar com a fé possa "politizar a
religião".
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Fonte/Foto: Gio Mendes, do UOL
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