NOVO COMPLEXO PENITENCIÁRIO EM VITÓRIA DO XINGU É CONSIDERADO O MAIS SEGURO DO PARÁ
O novo
complexo será gerido com base na disciplina, controle do cárcere e padronização
do sistema.
Com a abertura
do novo complexo, o governador do Pará anunciou o fechamento da penitenciária
de Altamira para reforma.
A construção do
Complexo Penitenciário de Vitória do Xingu durou, aproximadamente, seis anos e
foi finalizada sob responsabilidade da empresa Norte Energia. Nesta
segunda-feira (04) o governador do Pará, Helder Barbalho, e o secretário
extraordinário para Assuntos Penitenciários, Jarbas Vasconcelos, presidiram a
cerimônia de inauguração.
O Complexo
Penitenciário irá reforçar o sistema prisional do Pará com mais 612 vagas
divididas em três unidades: uma voltada para o regime semi-aberto (201 vagas);
a segunda direcionada apenas para mulheres (105 vagas); e o masculino (306
vagas). A nova prisão faz parte de um convênio firmado pela Norte Energia com o
estado do Pará, no valor total de R$ 125 milhões, custeado pela empresa. A obra
deveria ter sido entregue em 2016. “O complexo é um projeto muito necessário
para esta região da transamazônica, se localiza numa área muito importante pra
nós. Um complexo que vem como o sistema de segurança atual, como projeto de
formação profissional, educação para a população prisional e a comunidade em geral”,
ressaltou Jarbas Vasconcelos.
As atividades
do complexo serão realizadas com o uso dos novos procedimentos de segurança e
portarias estabelecidas pela Susipe. Seguindo as diretrizes do sistema federal,
com base no Departamento Penitenciário Nacional (Depen), as casas penais do
complexo serão lotadas com agentes penitenciários concursados e treinados por
agentes federais da Força-Tarefa de Intervenção Penitenciária (FTIP), que atua
do Estado desde julho de 2019.
Nas alas
feminina e masculina há espaços destinados à ressocialização dos presos, como
salas de aula, salas de informática, bibliotecas e áreas que podem ser
transformadas em ambientes de trabalho. Cada cela, com pia e vaso sanitário,
deve alojar oito custodiados. Em cada ala há celas de isolamento e celas para
pessoas com deficiência, além de espaços para visitas de familiares e
atendimento jurídico.
No alojamento
feminino há espaço para creche, sala de vacinação e de atendimento
odontológico. Em cada prédio há quatro torres de vigilância, posicionadas
estrategicamente. O sistema de ventilação, todo instalado na parte superior do
complexo, permite a circulação de vento até nos horários em que o calor é mais
forte. O presídio possui ainda um sistema de tratamento de esgoto próprio, que
atenderá apenas ao complexo. Há também uma área voltada para a plantação de 7
hectares de açaí, onde um projeto de geração de renda será aplicado com os
presos. Primeiro, será ocupado o pavilhão da ala masculina. Até o final do mês,
a ala feminina e por fim, a área do regime semi-aberto.
“Isso tudo faz
parte da nossa estratégia para manter que o sistema penal esteja qualificado e
cumprindo procedimentos que permitam que possamos entregar para a população um
ambiente de paz e que os custodiados consigam cumprir as penas com dignidade,
ressaltou Helder Barbalho.
Ainda no mês de
novembro, 306 novas vagas serão abertas em Abaetetuba, 306 em Tucuruí e mais
306 em Parauapebas. Totalizando, novas 1.530 novas vagas no sistema carcerário
do Pará.
Fonte/Foto: Agência Pará - Larissa Noguchi (SECOM)/Marco
Santos
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