NO PARÁ, OPERAÇÃO FECHA GARIMPO CLANDESTINO DE EXPLORAÇÃO DE OURO NO MUNICÍPIO DE NOVO PROGRESSO
Local foi embargado pela equipe da Semas e Comando de Polícia
Ambiental, da PM. Extração do minério não tinha autorização do órgão ambiental
responsável
Um garimpo clandestino foi identificado e interditado,
durante a tarde de segunda-feira (25), na zona rural do município de Novo
Progresso, sudoeste paraense. A extração de ouro não tem autorização da Agência
Nacional de Mineração (ANM) e licença do órgão ambiental responsável. O local
da exploração do minério foi encontrado pela equipe da Secretaria de Estado de
Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e do Comando de Polícia Ambiental
(CPA), da Polícia Militar do Pará, que está atuando na operação "Pé ybyrá"
ao longo da BR-163, que liga Cuiabá a Santarém.
Toda a área do garimpo foi embargada. Durante as ações, foram
aprendidos um motor utilizado para a lavra do minério, outro motor usado para
geração de energia, uma motosserra e um rádio comunicador. "O garimpo foi
totalmente desmontado. O local fica distante cerca de 110km da sede do
município. O proprietário da área já foi identificado e as equipes tentam
localizá-lo", conta o fiscal da Semas, Marco Aurélio Xavier.
Operação "Pé ybyrá" - Em Tupi, significa
caminho/estrada da madeira, referência ao local de ação das equipes, que estão
concentradas ao longo da rodovia BR-163, em trechos dos municípios de Novo
Progresso, Altamira e Itaituba.
Até agora, o grupo já percorreu mais de 4 mil km, e apreendeu
diversos equipamentos e até armas de fogo, entre eles, uma pistola 380,
radiocomunicador, tratores e motosserras, além de 96 metros cúbicos de madeira,
sendo 38 toras da espécie Acapu, cuja exploração é proibida por lei. A carga
pode ser leiloada ou doada. Além do garimpo, três acampamentos clandestinos
foram destruídos pelas equipes.
"Os nossos esforços são para impulsionar o crescimento
aos que estão dispostos a agir dentro da lei, mas também somos rígidos com quem
viola a legislação. Trabalhamos para trazer desenvolvimento sustentável,
respeitando as vocações naturais do Pará" - Mauro O'de Almeida, titular da
Semas.
Embargo - Após o monitoramento realizado via satélite e a
confirmação em campo, a Semas já embargou cerca de 10 mil hectares por
desmatamento ilegal na região de abrangência da operação. As propriedades serão
incluídas na Lista do Desmatamento Ilegal do Estado do Pará (LDI) e ficarão
vedadas para obter concessão de licenças, autorizações, serviços ou qualquer
outro tipo de benefício ou incentivo público por órgãos e entidades da
administração pública estadual, até a retirada da listagem, por meio do
Programa de Regularização Ambiental (PRA).
Fonte/Fotos: z fioravante, com informações da Agência Pará/Ascom SEMAS
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