RESUMO DO DIA - EDIÇÃO DA MANHÃ | SEXTA-FEIRA, 19 DE JULHO DE 2019
CANDIDATOS
À PGR EVITAM CONFRONTAR BOLSONARO APÓS DECISÃO QUE BENEFICIA FLÁVIO
Matéria
desta sexta-feira da Folha mostra que os candidatos à sucessão da
procuradora-geral da República, Raquel Dodge, adotam cautela ou evitam comentar
a decisão do presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Dias Toffoli, que
suspendeu investigações como a do senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ),
filho do presidente Jair Bolsonaro (PSL).
A
decisão de Toffoli elevou a pressão na PGR (Procuradoria-Geral da República),
que há três dias estuda a melhor forma de recorrer, em um momento político
sensível.
Primeiro,
cabe a Bolsonaro indicar um nome para chefiar a PGR a partir de setembro,
quando termina o mandato de Dodge, não sendo prudente desagradá-lo. Segundo, a
opinião de Toffoli, autor da decisão polêmica, poderá ter peso na indicação do
próximo procurador-geral.
Do
outro lado, membros do Ministério Público Federal de todo o país cobram um
pronunciamento duro contra a medida do ministro, temendo que ela paralise
investigações de corrupção e lavagem de dinheiro. As forças-tarefas da Lava
Jato, por exemplo, divulgaram nota externando "grande preocupação".
Na
segunda-feira (15), Toffoli atendeu a um pedido de Flávio e paralisou todas as
investigações e processos pelo país que tenham usado dados detalhados de órgãos
de controle -como Coaf, Receita e Banco Central- sem autorização judicial
prévia.
Enquanto
dados genéricos são nome e valor movimentado em determinado período de tempo,
informações detalhadas permitem identificar, por exemplo, data e hora de
depósito.
Flávio
é alvo de inquérito do Ministério Público do Rio de Janeiro sob suspeita de ter
desviado parte dos salários de funcionários de seu antigo gabinete na
Assembleia Legislativa fluminense, no episódio que envolve seu ex-assessor
Fabrício Queiroz.
A
apuração partiu de relatórios do Coaf sobre movimentações atípicas e
posteriormente teve quebra de sigilo por ordem judicial.
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Fonte/Foto: Eduardo Lucizano, do UOL
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