O PARÁ E O CASO DO ATERRO METROPOLITANO

Aterro em Marituba

O prefeito de Belém do Pará, Zenaldo Coutinho, mencionou ontem em entrevista à jornalista Priscila Castro, da TV Liberal, a existência de uma área localizada em Barcarena com projeto para implantação de aterro sanitário metropolitano. O prefeito de Barcarena, Antonio Carlos Vilaça, se apressou a desmentir Zenaldo em nota veiculada nas redes sociais, e deixou claro que planeja um aterro exclusivo para seu município. Zenaldo rebateu em nota que foi procurado pela empresa Recicle, que se diz dona terreno em Barcarena, com uma proposta que seria avaliada, caso a área estivesse ambientalmente licenciada. 
Vilaça não quer Barcarena sediando aterro metropolitano, mas o custo unitário de operação por tonelada de resíduo é menor quanto maior o porte do aterro operado. De acordo com documento do Ministério do Meio-Ambiente, intitulado “Minutas de normativos necessários ao programa de incentivo ao tratamento e destinação final de resíduos sólidos urbanos por meio de compra de resultados futuros”, elaborado pelo consultor Wladimir Antonio Ribeiro, a implantação de um aterro sanitário só tem economicidade quando a população atendida é superior a 100 mil habitantes. O parecer técnico destaca que a maioria dos municípios se preocupa com a construção e inauguração do empreendimento, sem priorizar a estrutura administrativa necessária para garantir a sustentabilidade, que aterros pequenos não têm, pois para sua operacionalização é necessária uma equipe técnica permanente, cuja manutenção por um único município de pequeno porte fica inviável, já que não dispõe, no seu quadro efetivo, de técnicos capacitados para orientar e executar um plano de gestão de resíduos sólidos.

Fonte/Foto: Franssinete Florenzano, em uruatapera.blogspot.com.br

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