RESPOSTA: NO AMAZONAS PROFESSORES REPUDIAM 'VIÉS POLÍTICO' E AFIRMAM QUE WILSON NÃO QUER FIM DA GREVE
Sinteam realiza assembleia geral hoje (14) para
analisar contraproposta do Governo enviada à ALE-AM
O Sindicato dos
Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam) reagiu com indignação sobre
declaração do governador Wilson Lima (PSC) que afirmou que a greve dos
professores, que completa 30 dias nesta quarta-feira (15/5), possui “um víes
político partidário”. A declaração foi feita em pronunciamento a imprensa,
nesta segunda-feira (13/5), na Sede do Governo, Zona Oeste de Manaus.
O Sinteam divulgou Nota
Oficial, nesta segunda (13), onde fez questão de afirmar que o movimento não é
do Sindicato, e sim de todos os professores.
“O governador alega que o
movimento é político-partidário, o que é um equívoco. O movimento sindical tem
pessoas filiadas a partidos, assim como o governador é. A Constituição permite.
A diferença é que ele governa o estado e o sindicato representa a categoria”,
diz trecho da nota.
Em reunião com os
professores, Wilson Lima pediu que a greve fosse suspensa e destacou que o
Estado chegou ao limite máximo do que pode oferecer aos profissionais da
educação em 2019, sob pena de comprometer todo o funcionalismo público. O
governador disse ainda que a paralisação que prejudica alunos da rede estadual
de ensino.
A categoria afirma que
houve uma “quebra de mesa de negociação” sugerida pelo próprio Wilson e que o
governador “tenta ludibriar a sociedade”.
“[...] vale ressaltar que
o governador tenta se apropriar do reajuste de 9,38% de 2016, negociado durante
a greve do ano passado e que foi pago em janeiro desse ano. Tenta também
ludibriar a sociedade quando afirma que foi ele que concedeu o reajuste. Isso
não é verdade”, afirma o Sinteam.
Sobre acusações de
“intransigência”, feitas pelo governador aos professores em greve, o sindicato
diz que “desde o início das negociações o governador não tinha interesse em
receber ou negociar o reajuste”
“O SINTEAM nunca faltou
com respeito com ninguém nem com as entidades e nem com membros do governo;
[...] Nunca houve intransigência de nossa parte. Pelo contrário. Houve por
parte do governo. Pedimos audiência com o governador Wilson Lima no dia 2 de
janeiro, mas ele só atendeu o sindicato no dia 7 de maio”, alega a nota.
O Sindicato classificou a
fala do governador como “sérias acusações” e finaliza afirmando: “Esperamos que
ele [Wilson Lima] não baseie seu governo em Fake News”.
PROPOSTA DO GOVERNO
O Governo do Estado
oferece aos profissionais da educação reposição salarial de 4,73% (incluindo
perdas residuais referentes às datas-bases de 2015 a 2018). A categoria
reivindica 15% de reajuste além de vale-alimentação e auxílio-localidade. Greve
foi oficializada no dia 15 de abril.
Os professores realizam
assembleia nesta terça-feira (14), às 16h, no Rio Negro Clube, em Manaus para
analisar a fala de Wilson e decidir se a greve continua ou não.
Fonte/Foto:
Portal DeAmazônia/Reprodução facebook
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