PROCURADOR GERAL PEDIU AFASTAMENTO DO PREFEITO DE ORIXIMINÁ-PA; TJ ADIOU A DECISÃO
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Ludugero, Gonzaga, Gilmara e Jucelino: acusados de fraude pelo MP |
Ludugero ainda não foi notificado da decisão
O procurador-geral do
Pará, Gilberto Valente Martins, pediu o afastamento de Ludugero (PV) do cargo
de prefeito de Oriximiná na ação penal que tramita na Seção de Direito Penal,
do Tribunal de Justiça do Pará, há cerca de 1 mês.
O relator desembargador do
processo, Milton Nobre, no entanto, “por ora”, não se debruçou sobre esse pedido,
limitando a decidir apenas sobre o bloqueio dos bens dos 4 denunciados na ação
e que acabou sendo acatado pelo magistrado.
“Cumpre assinalar que, das
teses ventiladas pelo Ministério Público de 2º grau, tratarei, por ora, acerca
da única medida cautelar pleiteada inaudita altera parte – pedido de sequestro
ou indisponibilidade de bens – deixando para examinar as demais cautelares
somente após a apresentação das defesas dos denunciados, no momento do
recebimento ou não da denúncia”, justificou Milton Nobre na sua decisão.
Além do bloqueio dos bens,
na ordem de quase R$ 16,5 milhões, o MP fez os seguintes pedidos ao TJ:
— Afastamento cautelar da função pública do
prefeito Ludugero e de Gilmara Carvalho Dias Varjo, pregoeira da Prefeitura de
Oriximiná;
— Suspensão do contrato de
prestação de serviços (coleta de lixo) vigente entre a JV Serviços Urbanos e o
Município de Oriximiná;
— Recebimento da denúncia
para, ao final, ser julgada procedente, condenando os denunciados.
TRAMITAÇÃO
A ação penal contra
Ludugero, no cargo desde janeiro de 2017, foi ajuizada pelo Ministério Público
do Pará no dia 12 de dezembro passado no TJ. No dia seguinte, foi encaminhada à
Seção de Direito Penal.
No dia 14, chegou às mãos do desembargador
Milton Nobre. Cinco dias depois, ele, em decisão cautelar (urgente), determinou
o bloqueio dos bens dos denunciados pelo MP na suposta fraude.
O magistrado determinou
ainda que os denunciados fossem notificados da decisão e, de acordo com a lei,
oferecessem resposta às acusações no prazo de 15 dias.
Ontem (3), a procuradora
do município de Oriximiná, advogada Elisângela Batista, informou que o prefeito
Ludugero ainda não havia sido notificado da decisão.
O TJ do Pará está em
recesso. Volta a funcionar a partir do próximo dia 7, segunda-feira.
OS DENUNCIADOS
— Ludugero (Antônio
Odinélio Tavares da Silva), atual prefeito de Oriximiná;
— Luiz Gonzaga Viana
Filho, ex-prefeito de Oriximiná (2013-2016); — Jucelino Tavares da Silva, dono
da empresa responsável pela coleta do li lixo
de Oriximiná desde 2015;
— Gilmara de Carvalho Dias
Varjo, pregoeira da Prefeitura de Oriximiná em 2015, e
— JV Serviços Urbanos
Ltda, empresa que venceu a licitação (concorrência pública) em 2015 e que
continua realizando o serviço de coleta de lixo no município até hoje.
Fonte/Foto:
Jeso Carneiro
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