ASSOCIAÇÃO AMAZONENSE DE MUNICÍPIOS VAI SOLICITAR REDUÇÃO DE ICMS DE COMBUSTÍVEIS AO GOVERNO DO ESTADO
Para
evitar que greve dos caminhoneiros crie uma crise no abastecimento de
combustíveis no interior do Estado, o presidente da Associação Amazonense de
Municípios (AAM), Andreson Cavalcante, vai solicitar ao governo do Amazonas uma
redução na alíquota do Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços
(ICMS). A medida é fruto de um pedido feito pela Secretaria da Presidência da
República aos presidentes das associações de municípios de todo o país.
O
imposto representa 25% do valor cobrado nas bombas dos postos. De acordo com
Andreson, ainda não foi registrada a falta de combustível no interior, mas os
preços já foram afetados. Em alguns municípios é possível verificar gasolina
sendo vendida por R$ 7 e o diesel a R$ 5. “O pedido da presidência da republica
foi que articulemos com nossos governadores a sensibilização para a situação.
Assim podemos garantir a cooperação dos estados nesse momento”, explicou o
presidente, que solicitará uma reunião como o governador Amazonino Mendes para
tratar do assunto.
Ainda
segundo ele, a falta de combustível pode gerar uma série de outros problemas
como escassez de itens de consumo e até de energia elétrica, uma vez que cerca
de 90% das cidades do interior são abastecidas por termoelétricas, que
necessitam de combustíveis fósseis para gerar eletricidade.
“Não
apenas os transportes terrestres, mas também os fluviais, que representam 90%
da nossa logística, podem ser afetados se essa situação não for resolvida de
maneira rápida. Todo o Brasil sofre com essa crise, mas o Amazonas sente
impactos ainda maiores por conta das nossas singularidades. Nosso acesso é mais
difícil e sem abastecimento a economia dos municípios será afetada
diretamente”, explicou Andreson.
O
comércio ilegal de gasolina e diesel também é uma preocupação das prefeituras
do interior, uma vez que com a escassez nos postos e os altos preços das
bombas, o contrabando acaba se tornando atrativo aos consumidores,
principalmente em cidades que fazem fronteira com países como a Colômbia.
Fonte/Foto: William Pereira
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