PARINTINS E REGIÃO: ENCHENTE APONTA SINAIS QUE PODERÁ CAUSAR TRANSTORNOS E PREJUÍZOS




A subida do nível dos rios na região está levando as comunidades de várzeas serem tomadas precocemente pela água. Em algumas localidades a enchente vem destruindo plantações causando prejuízos para o produtor que não se programou para enfrentar o fenômeno natural.

De acordo com o agricultor Raimundo Ferreira Serrão, morador da Costa do Amazonas, o nível do rio já subiu cerca de 1,50 metros. Ele assegura que diariamente o rio sobe 4 centímetros, e quando as chuvas caem com mais intensidade o nível chega subir 8 centímetros, mas em seguida volta baixar.

O agricultor Joventino Tavares diz que quando a água começa a tomar conta da sua propriedade localizada na região do Marajó, Rio Uaicurapá, fica sem condições para cultivar as culturas de curto ciclo.

“Não tenho outro terreno na terra firme, então não posso me queixar porque todos os anos acontece esse fenômeno. Só lamento em não poder trabalhar na roça e nem produzir. Tenho que recorrer a pescaria que não é fácil na cheia”, disse.

O vaqueiro Alcides Almeida da área do Macuricanã também disse que todos os anos vivencia a mudança de local quando a enchente chega. Diz que é ora de passar o gado pra terra firme e esperar a vazante para retornar.

De olhar cansado e rugas no rosto, lamenta que a enchente compromete as plantações e a estrutura das residências, ou quando não furtam telhas e tábuas. “Se os esteios da casa não forem bem fincados eles ficam balançando por conta da terra que durante a cheia fica molhada, mas com os meus filhos colocamos apoio para não deixar a casa tombar”, explica.

Nas áreas de várzeas durante a enchente não há terra para plantar, por isso alguns agricultores adotam como fonte de renda, a pescaria, outros buscam junto ao IDAM e agências de fomento a liberação de créditos para se manterem na estação do fenômeno natural e se preparar quando a vazante chegar para retomar as plantações.

Na área urbana de Parintins, um dos maiores cartões postais no período da cheia, a Lagoa da Francesa, vem sendo tomada pela água. É notável a atracação de diversos tipos de embarcações e o retorno do trabalho nos tilheiros.



Fonte/Foto: Fernando Cardoso | Repórter Parintins   

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