BRITÂNICA QUE DESAPARECEU EM RIO NO AM SOFREU LATROCÍNIO, DIZ POLÍCIA
Emma Kelty saiu do Peru e teria entrado no Brasil pelo município de
Tabatinga (AM), na tríplice fronteira, sumindo em uma área perto de Coari
A
atleta britânica que desapareceu no Rio Solimões na última quarta-feira (13)
foi vítima de latrocínio (roubo seguido de morte), segundo a Polícia Civil do
Amazonas. Emma Kelty, de 43 anos, viajava sozinha em um caiaque desde o mês
passado. Ela saiu do Peru e teria entrado no Brasil pelo município de Tabatinga
(AM), na tríplice fronteira, sumindo em uma área perto de Coari, a 363
quilômetros de Manaus.
Nesta
terça-feira (19) à tarde, em coletiva de Imprensa a PC informou que Emma Kelty,
43, foi atacada e morta por sete criminosos. Os cúmplices já teriam sido
identificados e estão foragidos.
Um
adolescente de 17 anos, acusado de envolvimento no caso, foi apreendido e mais
seis pessoas estão sendo procuradas. Ele contou em depoimento que a mulher
estava acampando na Ilha do Boieiro, localizada em frente à Comunidade Lauro
Sodré, quando foi abordada pelos infratores, que levaram os pertences e o
dinheiro da atleta. “Os sete infratores tentaram vender os objetos roubados da
vítima, dentre eles dois aparelhos celulares, um tablet e uma câmera GoPro em
comunidades dos municípios de Codajás e Coari”, disse a Polícia Civil.
Segundo
o delegado Frederico Mendes, o adolescente informou ainda que a britânica foi
atingida por dois tiros de espingarda calibre 20 e o corpo dela foi jogado no
Rio Solimões. Moradores da Comunidade Lauro Sodré também foram ouvidos e
relataram que viram Emma Kelty ainda com vida. Eles encontraram a embarcação e
objetos pessoais da britânica, como roupas e sapatos.
Barcos
da Marinha e do Corpo de Bombeiros estão fazendo buscas em trecho do rio onde o
corpo teria sido jogado.
A
atleta fez postagens na rede social Twitter antes de desaparecer, a última no
próprio dia 13 de setembro que diz: “À 1h que mudança dramática em um dia...
mas assim é o rio … cada quilômetro é diferente e apenas porque uma área é ruim
não significa”. No dia 12, a esportista escreveu na rede social ter visto
dezenas de homens "armados com rifles e flechas" em barcos. O local
seria o mesmo onde um delegado também sumiu após um confronto com traficantes
de drogas colombianos que atuam na área. O corpo dele nunca foi encontrado.
Por
volta das 22h do dia 13, conforme relatou a Polícia Civil, uma empresa ligou
para o Comando do 9° Distrito Naval informando que o localizador de emergência
da atleta, que fazia canoagem esportiva no Rio Solimões, havia sido acionado.
No dia seguinte (14), pela manhã, a Marinha e mergulhadores do Corpo de
Bombeiros iniciaram as buscas. O trabalho continua nas proximidades de onde o
adolescente apontou que o grupo teria jogado o corpo da vítima.
Fonte/Foto: Com informações da Agência Brasil
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