A DÍVIDA DA UNIÃO COM AS ESTRADAS FEDERAIS NO PARÁ
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| BR 163 |
Depois
que as filas de cinco mil caminhões no enorme atoleiro da BR-163 ganharam as
manchetes dos jornais, emissoras de rádio e TV e sites no mundo inteiro, o DNIT
- Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes se dignou a contratar
a recuperação do trecho perto de Trairão. Mas o serviço é tão porco, como diz o
caboclo, que já foi interrompido duas vezes. Uma vergonha.
Há
41 anos o Pará espera a pavimentação definitiva da Santarém-Cuiabá, assim como
da BR-230, a Transamazônica. Desde que foi implantada, na época da ditadura
militar, assim como a Transamazônica, todos os presidentes da República fizeram
a mesma promessa. E todos mentiram. O tempo urge, não dá para esperar mais.
Inaceitável que o governo federal teça loas ao projeto Arco Norte de exportação
e não cuide de asfaltar a rodovia,
corredor obrigatório no escoamento de
grãos, em especial a soja - que é o segundo produto mais exportado pelo Brasil,
depois do minério de ferro.
Da
divisa com o Mato Grosso até Santarém, ao longo de 190 quilômetros, quatro
trechos da BR-163 nunca viram asfalto. De Vila Isol à sede do município de Novo
Progresso; de Santa Júlia a Moraes Almeida, em Itaituba; de Campo Verde a
Rurópolis; e de Vila Planalto até Miritituba. O último é considerado o mais
crítico. Por ele circulam quase 95% da carga que sai de Mato Grosso em direção
ao Pará.
A
Transamazônica também continua inacabada até hoje. Está em território paraense
o pior estirão dos seus mais de quatro mil quilômetros: de Palestina do Pará
até Jacareacanga, passando por 17 municípios e polos importantes como Marabá,
Altamira e Itaituba. E a estrada forma um imenso eixo com as mais importantes
rodovias federais e estaduais do Pará!
Conforme
o governo do Mato Grosso, os produtores perdem ao ano cerca de R$ 1 bilhão com
essa situação. Com a projeção de aumento das exportações, a perda
duplicará. Não à toa, a CNT -
Confederação Nacional dos Transportes atribuiu conceito "péssimo" a
21,7% das rodovias federais no Pará.
Fonte/Foto: Franssinete Florenzano/Mácio
Ferreira


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