RIOS VOADORES: MAIOR DESMATADOR DA AMAZÔNIA PODE PEGAR ATÉ 238 ANOS DE PRISÃO
MPF ajuizou pacote de mais cinco ações contra AJ Vilela e seu
grupo
O
Ministério Público Federal (MPF) entrou na Justiça na última sexta-feira, 2 de
dezembro, com mais cinco ações contra o acusado de ser o maior desmatador da
Amazônia, o empresário Antônio José Junqueira Vilela Filho, e 23 integrantes do
grupo liderado por ele.
Somadas
às penas pedidas nas outras duas ações que já haviam sido ajuizadas pelo MPF
após a operação Rios Voadores, de junho deste ano, quando o esquema criminoso
foi desmontado, AJ Vilela está sujeito a até 238 de prisão, e multas.
O
grupo, segundo o MPF e o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama), é
responsável pelo desmate, entre 2012 e 2015, de 330 quilômetros quadrados de
florestas em Altamira, no Pará. A área é equivalente ao território de
municípios como Fortaleza (CE), Belo Horizonte (MG) ou Recife (PE). O esquema
conseguiu movimentar pelo menos R$ 1,9 bilhão, e o prejuízo ambiental foi mais
de R$ 503 milhões.
Nas
ações do começo do semestre o MPF havia denunciado os crimes de submissão de
trabalhadores a condições semelhantes às de escravos, frustração de direitos
trabalhistas, falsidade ideológica, invasão e desmate ilegal de terras
públicas.
Nas
novas ações o grupo foi acusado de crimes como o de provocar incêndios, impedir
regeneração de florestas, corrupção ativa e passiva, sonegação de documentos,
formação de organização criminosa e lavagem de dinheiro, e novamente por
invasão e desmate ilegal de terras públicas e falsidade ideológica.
Além
de denúncias criminais, o novo pacote de ações inclui ação por improbidade
administrativa e, como no início do semestre, ação para reparação de danos
ambientais.
Somados
os pedidos das ações cíveis ajuizadas no caso Rios Voadores, o MPF pediu que a
Justiça determine aos acusados o pagamento de todos os R$ 503 milhões em
prejuízos ambientais, a recuperação da área ilegalmente desmatada, a demolição
de edificações construídas em áreas irregulares, e que eles fiquem proibidos,
por até dez anos, de acessar linhas de financiamento ou benefícios fiscais
oferecidos pelo poder público.
Contra
servidores públicos envolvidos no esquema, além dos demais pedidos o MPF quer a
perda da função pública e a suspensão de direitos políticos.
Fonte/Foto: MPF

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