DEPUTADO NEGA QUE ALEPA TENHA SUPERSALÁRIOS
Presidente
da Assembleia Legislativa do Estado do Pará (AL), o deputado estadual Márcio
Miranda (DEM) – foto - assegurou que
não há, na folha de pagamento do Legislativo Estadual, funcionários ganhando
além do teto constitucional. Na edição de domingo (27), o Estadão veiculou
matéria com base na Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério
do Trabalho e Emprego, sobre supersaláriospagos, incluindo o Pará.
Os
vencimentos de alguns servidores, somados a gratificações e outras
bonificações, ultrapassam o teto de R$ 33.763. Há agente de saúde pública
ganhando R$ 118,8 mil por mês, bem como assistente administrativo recebendo R$
117 mil. “Se não consta na folha de pagamento, é porque não existe. Eu quero
nomes. Me deem os nomes e eu informo”, disse o deputado, afirmando, ainda, que
os cargos citados pelo Estadão também não constam no Plano de Cargos, Carreiras
e Remuneração da Assembleia Legislativa. “Não tenho como pagar um salário que
fere a Constituição e em uma rubrica que não existe”, afirma.
RAIS
Perguntado
sobre a possibilidade de a AL questionar a Rais, o Marcio Miranda diz que está
tranquilo e confiante na equipe que o acompanha e que “o que está na internet
nem sempre é verdade”, mesmo tratando-se de um relatório feito por um órgão
federal. “Ninguém é louco de fazer isso nos tempos atuais. Seria importante que
nos dessem os nomes, é esclarecedor para tudo”, afirma.
A
Rais, entretanto, não divulgou os nomes. Procurada pela reportagem, a
assessoria de Comunicação do Tribunal de Contas do Estado do Pará (TCE) afirma
que o órgão aplica o redutor constitucional aos seus servidores, mas diz que
“os casos identificados que extrapolam o limite legal estão sendo concedidos
por meio de decisões judiciais”.
Segundo
o levantamento, o maior número de servidores públicos ganhando supersalários no
País está no Judiciário dos Estados, que possui pouco mais de 3 mil
funcionários com salários acima do teto do funcionalismo público, em 2015.
Atrás
dos Judiciário, estão os Executivos federal e estaduais, com 2,5 mil servidores
com ganhos acima do teto. É nesse grupo que aparecem os do Pará.
Entre
os funcionários públicos do Brasil, os 6 maiores salários, entre R$ 118 mil e
R$ 114 mil, estão em território paraense.
PROCURADOR
QUER TER ACESSO A PROCESSOS
De
acordo com procurador de Justiça Nelson Medrado, que comanda o Núcleo de
Combate à Improbidade Administrativa (NCIC/MP-PA), não há pagamento indevido.
No entanto, há decisões judiciais que mandam órgãos públicos pagarem
remunerações levando em conta benefícios como escolaridade, por exemplo, sem
colocar a gratificação no “bolo” que conta para o teto constitucional.
Por
este motivo, ele já pediu ao Tribunal de Justiça do Estado o acesso a pelo
menos 6 processos referentes a situações semelhantes, para análise. Ele explica
que as decisões judiciais tratam de contratações anteriores a 2003, quando
entrou em vigor a legislação que discorre sobre o teto constitucional. E sobre
as quais a Justiça deu parecer favorável, autorizando o pagamento.
Fonte/Foto: Carolina Menezes - Diário do
Pará com redação/Ricardo Amanajás

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