FPM AUMENTARÁ REPASSES A SETE MUNICÍPIOS DO PARÁ
Aumento dos habitantes eleva o percentual de repasse do fundo
Balanço
divulgado pela Confederação Nacional de Municípios (CNM) aponta que sete
municípios paraenses deverão aumentar os coeficientes do Fundo de Participação
dos Municípios (FPM) para o exercício de 2017, em virtude das estimativas
populacionais de 2016, recém-divulgadas pelo Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE). Segundo o instituto, estima-se que o Pará tenha 8.272.724
habitantes e uma taxa de crescimento de 1,19% de 2015 para 2016. Dos 144
municípios, 18 diminuíram as suas populações e 126 aumentaram (87,5%).
Desses
últimos, conforme os cálculos da CNM e que brevemente deverá ser confirmado
pelo Tribunal de Contas da União (TCU), sete tiveram crescimento populacional
suficiente para o aumento de coeficiente. Baião e Novo Repartimento, lideram
essa lista, com respectivas expansões populacionais de 5,74% e 4,44% ao longo
do último ano. Com 44.956 habitantes, Baião, no Baixo Tocantins, passará do
coeficiente atual de 1,8 para 2,0 a partir de 2017. Já Novo Repartimento, no
sudeste do Pará, irá migrar do coeficiente 2,4 para 2,6. O município teve o
ganho de 1.512 habitantes (4,44%) entre 2015 e 2016 e conta atualmente com uma
população de 72.347.
Ainda
terão aumento dos coeficientes em 2017 os municípios de Tucumã, sudeste do
Pará, que aumentou em 3,39% o número de habitantes e, com 37.920 moradores,
passará de 1,6 para 1,8; Curuá, no Baixo Amazonas, com 13.783 habitantes
(3,37%), aumentará de 0,8 para 1,0; Augusto Corrêa, no nordeste do Estado, com
44.227 residentes (2,48%), de 1,8 para 2,0; Redenção, no sul do Pará, com
81.647 (2,16%), de 2,6 para 2,8; e Igarapé-Açu, nordeste do Pará, com 37.547
(1,17%), de 1,6 para a faixa de 1,8.
Em
todo o Brasil, 97,36% dos 5.570 municípios não mudarão de coeficiente. Ao todo
15 terão redução de coeficiente e 105 aumento. A Bahia é o Estado com o maior
número de mudanças, oito municípios com redução e 10 com aumento de
coeficiente, seguida do Estado de São Paulo, que apresentou aumento de
coeficiente em 15 municípios. De acordo com o IBGE, o País tem hoje 206.081.432
habitantes e uma taxa de crescimento de 0,80% entre 2015 e o ano vigente.
CONTESTAÇÃO
Os
municípios que desejam apresentar contestação da estimativa populacional têm
até 20 de setembro para isso. O prazo foi informado pelo IBGE, em atendimento à
solicitação da CNM. Segundo esclarecimentos da entidade municipalista, a antiga
redação do parágrafo primeiro, artigo 102 da Lei 8.443/1992 não estabelecia
prazo para que os gestores locais apresentassem suas contestações. Mas o texto
foi revogado pela Lei Complementar (LC) 43/2013, e a redação não tratou de
prazo para esse fim, mas definiu que os números da contagem populacional devem
ser divulgados pelo IBGE até 31 de agosto.
Antes
do texto vigente, o prazo de 20 dias para contestação era assegurado pela
legislação. Mas, agora, para que os municípios possam ter esse direito, a CNM
apresenta ofício ao IBGE solicitando o prazo para a apresentação da demanda.
Conforme ressalta a entidade, o Instituto sempre atende com presteza a essa
reivindicação. Com o posicionamento do Instituto, os gestores municipais terão
20 dias, a contar da divulgação dos números, para encaminhar suas contestações
formalmente documentadas.
As
estimativas populacionais são fundamentais para o cálculo de indicadores
econômicos e sócio demográficos nos períodos intercensitários e são, também, um
dos parâmetros utilizados pelo TCU na distribuição do Fundo de Participação de
Estados (FPE) e FPM. Esta divulgação anual obedece ao artigo 102 da lei
8.443/1992 e da Lei complementar 143/2013. O FPM é uma transferência
constitucional da União para os Estados e o Distrito Federal, composto de 22,5%
da arrecadação do Imposto de Renda (IR) e do Imposto sobre Produtos
Industrializados (IPI). A distribuição desses recursos aos municípios é feita
de acordo com o número de habitantes, onde são fixadas faixas populacionais,
cabendo a cada uma delas um coeficiente individual.
Fonte: O Liberal
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